Justiça

Ministério Público investiga hospital que se recusou a colocar DIU em paciente por seguir "diretrizes de uma instituição católica”

Foto de Reproductive Health Supplies Coalition na Unsplash
Hospital se recusou a colocar procedimento contraceptivo em paciente na última segunda-feira (23)  |   Bnews - Divulgação Foto de Reproductive Health Supplies Coalition na Unsplash

Publicado em 30/01/2024, às 17h22   Cadastrado por Marco Dias


FacebookTwitterWhatsApp

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito contra o Hospital São Camilo após a instituição se recusar a realizar procedimentos contraceptivos, tanto em homens quanto em mulheres, alegando seguir "diretrizes de uma instituição católica". 

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp

A abertura do inquérito foi solicitada pela deputada estadual Andréa Werner (PSB) em resposta à recusa do hospital em realizar a colocação de um dispositivo intrauterino (DIU) em Leonor Macedo, uma produtora de conteúdo de 41 anos, ocorrida na última segunda-feira (23).

O MP-SP justifica a abertura do inquérito afirmando que a prática de recusar procedimentos contraceptivos pode violar dispositivos constitucionais e legais.

Segundo o órgão, o planejamento familiar é um direito decorrente dos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, e o Estado deve fornecer os recursos necessários para o exercício desse direito, sem qualquer forma de coerção, conforme estabelecido pelo art. 226, § 7º, da Constituição Federal.

A Promotoria deu um prazo de 15 dias para a Sociedade Beneficente São Camilo se manifestar sobre a investigação. Além disso, solicitou esclarecimentos sobre se a recusa a procedimentos contraceptivos também se aplica aos pacientes que buscam a rede pelo SUS e aos clientes do plano de saúde São Camilo. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp