Justiça

OAB suspende novamente registro de advogado acusado de desviar dinheiro de clientes

Valter Campanato/Agência Brasil
Através de decisão liminar do Conselho Federal da OAB Dal Agnol havia revertido a suspensão do registro da OAB  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 21/10/2022, às 20h52   Cadastrado por Lorena Abreu



O advogado Maurício Dal Agnol teve o registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Rio Grande so Sul, suspenso mais uma vez. Através de decisão liminar do Conselho Federal da OAB, ele havia retomado a autorização para advogar. Dal Agnol foi condenado por desviar dinheiro de clientes. A ordem gaúcha não dá detalhes em razão do sigilo do processo administrativo. Porém, de acordo com o site GZH, o presidente da entidade, Leonardo Lamachia, foi pessoalmente a Brasília para apresentar um recurso pela nova suspensão.

A OAB-RS divulgou nota no dia 14 de outubro informando que em 11 de março, “por despacho da sua presidência, referendado de forma unânime pelo seu Conselho Pleno, já havia aplicado nova suspensão cautelar ao advogado, mantendo-o, assim, impedido de exercer a profissão desde o dia 10 de julho de 2015, quando foi suspenso pela Ordem gaúcha pela primeira vez”. Fontes dizem que Dal Agnol não assina petições, mas segue atuando em processos. Nestes casos, advogados que trabalham com ele é que representam oficialmente os clientes.

A Operação Carmelina, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada em 21 de fevereiro de 2014 com o objetivo de desarticular um suposto esquema de desvio de dinheiro de clientes de um escritório de advocacia de Passo Fundo. O alvo principal foi o advogado Maurício Dal Agnol.

A empresa comandada por ele ficava com parte do dinheiro de clientes em processos judiciais que discutiram ações da extinta Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), conforme as investigações da PF e posterior denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). Os números ainda são incertos, mas a estimativa é de 30 mil clientes lesados, com desvio de milhões de reais. Dal Agnol chegou a ser preso na época da operação, mas foi solto meses depois.

Entre as penas está o ressarcimento das vítimas. Cerca de R$ 15 milhões foram pagos, a partir do leilão de bens do advogado.Dal Agnol foi condenado em algumas ações individuais de vítimas. Ele também foi condenado em processos por não pagamento de impostos e direitos trabalhistas. O processo criminal principal contra o advogado, no entanto, ainda não teve sentença.

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