Justiça

Promotora ressalta importância da campanha contra exploração sexual: “É um problema nosso”

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Segundo ela, na Bahia foram registrados mais de 5 mil casos no último ano  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Vídeo/ BNews

Publicado em 17/05/2024, às 11h59   Bernardo Rego e Dandara Amorim



O Ministério Público da Bahia (MP - BA) lançou, nesta sexta-feira (17), uma campanha de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Somente no último ano, foram registrados na Bahia 5.024 casos de abuso e exploração sexual infantojuvenil, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. No Brasil, diariamente, são registrados, pelo menos, 130 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 

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A promotora Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca),  falou com a imprensa, onde pontuou os altos números que existem na Bahia, além de destacar que muitos dos casos acontecem no ambiente doméstico. “Aqui na Bahia, mais de 5.024 casos no último ano e esses fatos acontecem normalmente no ambiente doméstico e com agressores que são próximos às crianças e adolescentes, o que dificulta às vezes a denúncia e a proteção. É muito importante que todos, a família, os órgãos do Estado, a comunidade, estejam atentos a qualquer alteração no comportamento ou no humor de crianças e adolescentes para que possam ser identificadas essas práticas e que seja acionada a rede de proteção”, disse. 


Rossi reforçou ainda que o problema do enfrentamento à exploração sexual é de todo mundo. “Então, não é problema de outrem, é problema seu, é problema nosso, é problema de todos e de cada um. Então, essa campanha, ela chama a atenção para isso. É importante que todos estejam atentos a esses indicativos físicos, manchas de sangue nas roupas das crianças, alterações no corpo, hematomas, como agressividades espontâneas e medo exagerado, apatia, alteração no comportamento, na frequência escolar, no desempenho escolar, apresentação de um comportamento sexual, erotizado e precoce, para que possa sinalizar que eles estão sendo vítimas de violência, porque muitas vezes as crianças e adolescentes não conseguem externalizar isso e foram direcionados para uma visão de mundo como se aquilo fosse normal. Então, faz parte também dessa campanha buscar a educação proativa”, acrescentou. 

Classificação Indicativa: Livre

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