Cultura

Maria Bethânia estreia Claros Breus em Salvador com Concha Acústica lotada

Yasmin Garrido/BNews
“Enfim, sós”, disse a cantora após dar as boas-vindas ao público baiano   |   Bnews - Divulgação Yasmin Garrido/BNews

Publicado em 09/12/2019, às 11h15   Yasmin Garrido


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Quem esteve na Concha Acústica, neste domingo (8), durante a apresentação da turnê Claros Breus, da cantora Maria Bethânia, presenciou uma hora de pura emoção. Foram mais de 5 mil pessoas sentadas e concentradas, praticamente sem respirar, para ouvir cada sílaba cantada pela filha de Oyá.

Até o vento silenciou, se manifestando com mais força sobre os cabelos soltos da santamarense em canções como “Oração a Mãe Menininha”, uma homenagem à ialorixá do terreiro do Gantois e, também, a Oxum; “Eu e Água”; e “História pra Ninar Gente Grande”, samba enredo campeão da Mangueira neste ano.

"Sinto saudade dessa naturalidade da vida, dessa entrega, desse rodar de sentimentos. A noite parecia um diamante", disse a cantora após entoar “Sábado em Copacabana”, de Dorival Caymmi e Carlos Guinle. E, sentada em um banco em meio às luzes vermelhas que invadiam o palco, Bethânia agradeceu à Bahia e ao público: “Enfim, sós”.

Quem está acostumado a ver a Abelha Rainha mundo afora pode ter estranhado a ausência de músicos que sempre a acompanham nas turnês. Mas, para Claros Breus, Bethânia preferiu mudar. Com os arranjos do maestro baiano Lerieres Leite, mentor da Orquestra Rumpilezz, a cantora esteve ao lado dos músicos Pretinho da Serrinha, Carlinhos 7 Cordas, Luizinho do Jejê e Jorge Helder, este último o fiel escudeiro da artista.

O cenário e a iluminação - típica de uma filha de Iansã - ficaram a cargo de Bia Lessa, que assumiu o papel de diretora cênica dos shows de Bethânia após a morte de Fauzi Arap. O chão ficou tomado de velas e a cantora parecia levitar com tanta leveza. A ideia foi carregar o ambiente intimista do Manouche, onde a turnê estreou no Rio de Janeiro, para a Concha.

Com pouco mais de uma hora de duração, o show ainda contou com músicas como Sampa e Drama, de Caetano Veloso, A Flor Encarnada, de Adriana Calcanhotto, Grito de Alerta, de Gonzaguinha, Encanteria, de Paulo César Pinheiro, e, para fechar o espetáculo, O Que É O Que É, também de Gonzaguinha, canção que fecha às apresentações da artista há alguns anos.

Classificação Indicativa: Livre

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