Cultura

Festival de animação tem versão gay da "Cinderela" e de atletas de MMA

Imagem Festival de animação tem versão gay da "Cinderela" e de atletas de MMA
É o único evento no mundo dedicado exclusivamente a filmes animados de temática LGBT  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/04/2013, às 17h10   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Começou nesta quinta-feira (18) e vai até o dia 28 de abril no Rio de Janeiro, a quinta edição do “DIV.A – Diversidade em Animação”, o único festival no mundo dedicado exclusivamente a exibição de filmes animados com a temática LGBT. Entre as 30 produções que serão exibidas no evento, se sobressaem uma versão gay do clássico “Cinderela” e o curta “UFGay”, que retrata a homossexualidade entre os lutadores de MMA. 
Realizador de “UFGay”, Lucas Figueiredo é um dos destaques do festival, apresentando um seleção de trabalhos na série “Aminoácidos”, que além da animação já citada, traz as produções “Flertando o Inimigo”, “O Garoto do Padre”, “Sarah, A Caçadora de Borboletas” e “Meu Primeiro Grande Amor”. 
O casamento igualitário , que garante aos casais gays os mesmos direitos legais dos parceiros heterossexuais, também é um tema importante do evento. “Eles retratam o tema que está sendo falado, não só aqui como no exterior, afinal as animações são confissões dos diretores, um meio de extravasar e exibir o que esta acontecendo com eles”, explica o curador do DIV.A, Alexander Mello.
O curador conta que o evento foi criado em 2009 com a proposta de exibir as animações que compõe mostras de animação em grandes festivais como os de Berlim e de Guadalajara (México). “O DIV.A surgiu como alternativa para exibir filmes que não estavam no circuito tradicional, fomentar e aproximar os criadores do público e incentivar as animações LGBT no Brasil”, esclarece Mello.
Mello diz que a safra brasileira de animações só não é maior por falta de apoio. “Hoje, a produção nacional é muito pequena, de alguma forma o festival é um incentivo, mas ainda não existe um edital que apoia essas produções, que são em sua maioria independentes”, observa o curador.
Além da falta de incentivo, a produção brasileira, que representa apenas 5% do total de filmes do festival, é atrapalhada pelas dificuldades próprias de se produzir animações. “A produção é bem trabalhosa, normalmente demora de seis meses a um ano para um curta de 20 minutos ficar pronto, mas estamos esperançosos que essa cena vai amadurecer, e a produção vai se tornar mais nacional e, talvez, mais comercial”, comenta esperançoso.
Para comemorar os cinco anos de festival, esta edição do DIV.A terá sessões de filmes que sofrerão intervenções dos DJs ASC, LEXX e Vino . Algumas festas também estão programadas para depois das exibições das animações.

Classificação Indicativa: Livre

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