No dia de Iemanjá todos têm direito a homenagear a mãe das águas. Inclusive as pessoas com deficiência física, que desde ontem levam suas oferendas durante o banho de mar dos deficientes físicos, ontem, na praia de Ondina, no Projeto Para-Praia.
Em frente ao Instituto Baiano de Reabilitação (IBR), os deficientes entraram no mar com cadeiras anfíbias, ofertaram flores e fizeram seus pedidos. O projeto, que acontece até o dia 16 de fevereiro, prossegue neste domingo, das 9 às 14h. O Para-Praia foi idealizado pela Secretaria Cidade Sustentável (Secis), que criou uma praia totalmente adaptada para deficientes físicos, com cadeiras anfíbias flutuantes, piscina, espaços para atividades recreativas, banheiros especiais, sombreiros,
tendas e pistas de acesso à praia.
Sem revelar os seus pedidos a Iemanjá, Amanda Santa Cruz e Filipe Laranjeira foram os primeiros a entrar no mar para oferecer suas flores, cercados e aplaudidos por amigos e familiares. Portadores de deficiência física entram no mar sentados numa cadeira anfíbia flutuante e acompanhados por alunos e professores do curso de fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e com apoio de Salva Vidas e educadores físicos.
A emoção também contagia muitos deficientes e seus familiares durante o banho de mar. Há cinco anos sem sair de casa, Luzimar Ribeiro da Costa, de 39 anos, não conseguia esconder a sua felicidade ao entrar no mar. "Ela é surda, mas ia normalmente a praia até ficar com parte do corpo paralisado depois de sofrer um AVC. Quando vi a reportagem na televisão, achei o projeto maravilhoso e resolvi trazê-la para um banho do mar. Estou muito feliz em ver a minha filha alegre e feliz", conta Isabel Tibeiro.
Eduardo Freire // divulgação
