Cultura

“Me solidarizo com Tertuliana”, diz Bruno Monteiro após suposto erro em cadastro de cota no edital da Paulo Gustavo

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Secretário de Cultura Bruno Monteiro declarou que abriu prazo para recursos até o dia 11 de dezembro  |   Bnews - Divulgação Joilson César / BNews

Publicado em 04/12/2023, às 22h56   Cadastrado por Marco Dias


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O secretário de cultura Bruno Monteiro declarou ao BNews, que expressa sua solidariedade com todo o embaraço que a cantora Tertuliana Lustosa enfrenta diante do suposto erro no cadastramento da artista no edital da Lei Paulo Gustavo. 

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“Vamos corrigir o que tiver errado e aproveito já pra me solidarizar com Tertuliana, porque ela está tendo a sua imagem exposta de uma forma que não é correta, inclusive, como se ela tivesse cometido algum erro. É uma mulher trans. Merece ser respeitada, merece ter sua imagem respeitada, e faço questão de reforçar isso. Repito, se houver erro, ele será corrigido”, pontua Monteiro. 

O secretário titular da pasta de cultura aproveitou para destacar que o projeto de Tertuliana foi selecionado por nota em ampla concorrência, e não por cota, diferentemente do que alega a artista. 

“Essa informação está na planilha, está pública, uma vez que a seleção das propostas acontece igual a seleção de cotas em concurso. Primeiro são os classificados por ampla concorrência e só depois, então, são selecionadas as cotas”, afirma Monteiro. 

Processo de seleção da comissão

Ao BNews, o secretário de cultura explicou que a seleção foi realizada por comissões mistas, formadas por técnicos do Poder Público, mas majoritariamente pareceristas da sociedade civil. 

“Foram 189 pareceristas selecionados, que se inscreveram na seleção pública e a escolha se deu a partir do currículo, comprovando a trajetória no setor cultural e na análise de projetos. A maior parte desses pareceristas, inclusive, são de outros estados, para garantir a lisura do processo”, pontuou Monteiro. 

Bruno Monteiro ainda comentou que todos os projetos foram analisados individualmente pelos pareceristas e, depois, avaliados pelas comissões em conjunto, resultando nas notas publicadas. 

O secretário explicou, também, que diante da repercussão do caso, para evitar situações semelhantes, colocou todos os editais em análise, para identificar possíveis divergências. 

“Determinei um pente fino para identificar qualquer tipo de divergência e, para isso, ampliamos o prazo para apresentação de recursos até o dia 11 de dezembro. Então, quem tiver qualquer tipo de apontamento, manda um e-mail. Para cada edital tem um e-mail, solicitando acesso ao seu processo e aí pode entrar com recurso até o dia 11. Depois disso tudo é que nós teremos o resultado final dos verdadeiros classificados, somente após avaliação dos recursos e da avaliação de heteroidentificação”, afirmou o secretário. 

Processo de heteroidentificação 

Questionado pelo BNews sobre o funcionamento do processo de heteroidentificação, tido como critério fundamental para a seleção nos próximos dias, o secretário de cultura explicou que o trabalho é composto por uma comissão de pareceristas que possuem trajetória na militância, junto à movimentos de combate ao racismo, empoderamento negro e igualdade racial.  

“[Os membros da Comissão] fazem a avaliação das fotos e autodeclarações apresentadas pelo proponentes autodeclarados pretos ou pardos, e também avaliam as declarações apresentadas pelas pessoas indígenas. No final do trabalho dessa comissão, teremos então o real extrato de quem poderá ocupar a vaga pelas cotas e quem não poderá”, declarou Bruno Monteiro. 

Os candidatos que não forem aprovados no processo de heteroidentificação, poderão disputar a vaga pela ampla concorrência. 

Classificação Indicativa: Livre

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