Denúncia

Moradores de Jardim Armação voltam a denunciar piscina abandonada

Leitor BNews
Vizinhança teme que local seja foco de proliferação do mosquito da dengue  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 19/06/2020, às 17h14   Léo Sousa


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Moradores de Jardim Armação, em Salvador, voltaram a denunciar uma piscina abandonada em uma casa na Rua Elesbão do Carmo. Os vizinhos temem que o local seja um foco de proliferação do mosquito da dengue, o Aedes Aegypti.

Em um vídeo enviado ao BNews nesta sexta-feira (19), é possível ver que a água da piscina permanece escura, indicando ausência de tratamento. As condições são as mesmas de semanas atrás. No dia 2 deste mês, moradores entraram em contato com o site para denunciar a situação.

Na ocasião, os denuciantes informaram que os proprietários do imóvel só realizam manutenção na piscina após denúncias da vizinhança."Todo mundo aqui no prédio denuncia sempre. Assim que denuncia, o proprietário limpa, mas quando passam 15 dias já es tá toda imunda de novo”, relatou uma moradora, que não quis se identificar.

Segundo a denunciante, várias pessoas na rua estão com chinkunguya - uma das doenças causadas pelo Aedes Aegypti. O mosquito também transmite a dengue, zika e a febre amarela. É reconhecido por suas listras pretas e brancas e por sua reprodução em ambientes com água parada e acumulada.

À reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que agentes de endemia do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da pasta visitaram a casa após a denúncia e constataram que a piscina é tratada e não tem foco de Aedes Aegypti.  

"Vale salientar que o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikugunya conta com o apoio da população para que seja o 'agente da própria casa' como responsável direto com os cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes, já que 80% dos focos são encontrados em domicílio", reforça a secretaria de Saúde em nota. A ouvidoria da SMS atende a denúncias de focos e surtos de arboviroses por meio do número 156.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) afirmou que "enviará uma equipe de fiscalização para realizar uma vistoria no local e identificar, junto à Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), o proprietário, com o objetivo de notificar o responsável para zelar pelo imóvel".

Caso o responsável não atenda a notificação, diz a Sedur, ele será autuado, o que poderá gerar uma multa que será determinada pela Comissão Julgadora de Autos do órgão. A sanção pode variar de R$ 88,85 a R$ 4.439,49. 

"De acordo com o Código de Polícia Administrativa de Salvador, Lei nº 5503/99 é de dever do proprietário do terreno e do imóvel zelar pela unidade imobiliária, por meio de capinação, varrição, drenagem e, até mesmo, murando ou cercando os imóveis, caso necessário", reforça a pasta.

Veja vídeo:

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