Denúncia

MRV cancela contrato de cliente e não devolve o pagamento

Imagem MRV cancela contrato de cliente e não devolve o pagamento
O valor se referia ao sinal pelo contrato de financiamento do imóvel  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/05/2013, às 11h00   Tony Silva (Twitter: Tony_SilvaBNews)


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O professor da rede estadual e municipal de Lauro de Freitas, Abílio Manuel Marques de Mendonça, 49 anos, tentou adquirir um apartamento no empreendimento Spazio Solarium, da construtora MRV, no bairro do Cají, em Lauro de Freitas e houve uma quebra no acordo de compra e venda do imóvel resultando na falta de ressarcimento do valor pago por Abílio. O pesadelo da casa própria do professor começou em novembro de 2012.

Como todo servidor público efetivo do estado, o professor tem direito a subsídio para financiamento de imóveis junto a Conder. Um corretor da MRV informou a Abílio que o empreendimento aceitaria o subsídio da Conder para o financiamento do imóvel. Com a resposta, o professor adquiriu um empréstimo na Caixa Econômica Federal no valor de R$ 40 mil, para pagar a poupança do imóvel, que se refere a um valor que serve como sinal, para assegurar a intenção de compra do apartamento.

Segundo Abílio, o imóvel custa R$ 132 mil e após pagar os R$ 40 mil, seria iniciado o processo de financiamento da Caixa, sobre o restante do valor do imóvel. Porém, a partir daí, o corretor voltou atrás e informou a Abílio que o financiamento não iria acontecer, pois houve um erro ao informar que seria aceito o subsídio da Conder. “Eu paguei em outubro de 2012, R$ 40 mil e fiquei pasmo quando o corretor me disse que não foi aceito subsídio da Conder, pois para mim já estava tudo mais que certo. Com o empréstimo tenho uma prestação mensal de R$ 800, e no mínimo teria que receber meu dinheiro de volta com urgência, mas até hoje nada, o que está acontecendo é muito descaso quando ligo”, desabafa o professor.

O corretor da MRV à época, Abílio e sua advogada, foram à gerência da MRV na região do Iguatemi, onde foram atendidos por um gerente que prometeu devolver o pagamento no prazo máximo de um mês, se referindo a janeiro de 2013. Mas Abílio não recebeu o pagamento que seria feito via depósito bancário e foi informado que só receberia o valor após a MRV vender todas as unidades. “Eles me prometeram pagar até janeiro, mas não depositaram e eu ainda dei mais um mês para se organizarem e voltei a ligar em março, mas disseram que eu teria que aguardar vender todas as unidades para ser ressarcido”, explica.

O ex-corretor da MRV diz que saiu da empresa em dezembro de 2012, tanto pela indignação com o caso de Abílio quanto de outros clientes que sempre reclamavam de problemas com a empresa. “Eles são desumanos porque agem com descaso com um cliente que na hora da captação, a MRV soube ser cordial com o cliente, mas no momento em que mais Abílio precisou eles desprezaram e trataram com descaso”, explica corretor.

A MRV informou que levaria o caso para o escritório em Brasília e retornaria com a resposta, mas até hoje (29) não houve retorno. “Estou esperando uma resposta, pois a única que tenho é que tenho que aguardar. Será que vou ter esperar eles aplicarem meu dinheiro para ter lucro, para só ai eu ser ressarcido?”, questiona Abílio.
A advogada de Abílio, Cida Santos Crusoé, relata que a maior dificuldade é se comunicar com a MRV. Segundo ela, o único número de telefone fornecido é de um escritório em Minas Gerais que nunca dá uma posição. “Já mandei a mensagem via email, pois cansei da falta de êxito via contato  telefônico, mas por email eles responderam apenas que estão analisando minha solicitação e vão entrar em contato”, afirma a advogada que também disse que a MRV quer condicionar o ressarcimento à venda dos apartamentos.


A advogada do professor ainda não havia acionado a Justiça em respeito à promessa de devolução do pagamento. “Ainda não acionei a Justiça porque eles prometeram dentro do prazo devolver o pagamento, mas diante do não cumprimento do acordo eu o farei. Na próxima semana vamos acionar a MRV solicitando a devolução do dinheiro e algumas indenizações”, afirma a Advogada.

A reportagem do Bocão News tentou entrar em contato com a RMV Engenharia, mas não obteve êxito.

Confira os documentos sobre a denúncia em anexo.

Documento 1


Documento 2


Documento 3

Documento 4

Documento 5


Documento 6

Documento 7


Imagens: Reprodução

Postada às 17h53 do dia 29 de maio


Classificação Indicativa: Livre

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