Denúncia

Homem espera por 8 horas no Português; Hospital diz que faltam leitos no país

Imagem Homem espera por 8 horas no Português; Hospital diz que faltam leitos no país
A demora no atendimento do Hospital Português foi denunciada por mãe que levou filho na emergência  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/06/2014, às 08h54   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A demora no atendimento do Hospital Português nesta quarta-feira (4) foi denunciada pela funcionária pública Sayonara Santos, que levou o filho Maurício Gonçalves, de 24 anos, para a emergência às 7h e só conseguiu atendimento às 15h. “Ele fez a triagem umas 8h. Disseram que a emergência estava cheia e que o tempo de espera seria de duas horas. Depois, mudaram o tempo de espera para quatro horas, e depois pediram para que se locomovesse para outra unidade”, disse Sayonara. 
Maurício foi ao hospital por sentir dores nas pernas, pulmão, dificuldade de respiração, secreção, tosse e coágulos pelo nariz, segundo sua mãe, e seu quadro foi identificado como com menos gravidade. Com as cores do semáforo, o vermelho apresenta os quadros mais graves e o verde os menos. O paciente foi colocado com a cor verde. “Uma moça chegou do [Hospital] Santa Isabel e disse que estava pior ainda”, conclui.
Ao ser contatado sobre o episódio, o Hospital Português emitiu nota colocando a situação como consequência da falta de leitos no país. “Existe uma carência de leitos hospitalares por habitante no país. Essa realidade se reflete também em Salvador, onde o problema se apresenta de forma contundente devido aos poucos hospitais existentes com o perfil de atendimento de emergência. O déficit de leitos por habitante é de milhares, uma vez que a população da cidade supera três milhões de habitantes e a reestruturação das instituições de saúde não acompanha o crescimento dessa demanda”.
Segundo a nota emitida, as demoras poderiam ser evitadas se os pacientes procurassem a emergência apenas quando tivessem urgência médica real. “O tempo de espera no atendimento é prolongado, por isso é necessário priorizar as situações de risco de vida em detrimento daquelas de menor gravidade; motivo pelo qual temos solicitado à comunidade se dirigir aos seus médicos de família e a serviços, ora, com menor demanda. Em média, de cada quatro pacientes que buscam o atendimento de Serviços de Emergência apenas um apresenta quadro de urgência médica real. Por isso, para agilizar o atendimento e otimizar a prestação dos serviços de emergência, é importante desenvolver a conscientização coletiva de que a situação de emergência corresponde àquela em que o paciente está com a vida em risco, podendo vir evoluir para óbito ou incapacidade, em até 2 horas”. Veja o vídeo abaixo:


Publicada no dia 4 de junho de 2014, às 17h28

Classificação Indicativa: Livre

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