Economia & Mercado

IBGE irá divulgar pior desempenho da economia brasileira desde 1990

Publicado em 03/03/2016, às 06h38   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)



Nesta quinta-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e EStatística (IBGE) irá divulgar, às 9h, o desempenho da economia brasileira em 2015, que será o pior desde 1990, ano do confisco da poupança e de outras aplicações financeiras pelo governo do presidente Fernando Collor de Mello. A estimativa de analistas de mercado é de uma retração entre 3,5% e 4%. Na média dos projeções da Bloomberg News, a expectativa é de recessão de 3,84%. Pelo último Boletim Focus, que reúne as principais projeções do mercado, o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) será de 3,71%.
Segundo O Globo, o ano de 2015 será o segundo ano sem crescimento da economia. Em 2014, a variação foi de 0,1%, o que é considerada estabilidade. Pelos dados já divulgados pelo IBGE até o terceiro trimestre, a queda acumulada em quatro trimestres chegou a 2,5%. Nos nove primeiros meses de 2015, a perda foi de 3,2%, frente a igual período de 2014.
Os dados referentes ao período até setembro de 2015 mostraram uma recessão com queda generalizada entre os diferentes setores da economia, desde o consumo à indústria, passando pelos investimentos e pelos serviços. O consumo das famílias, que até 2014 puxava o PIB, caiu pelo terceiro trimestre seguido, sob impacto da piora no mercado de trabalho, queda na renda, inflação e perda de confiança na economia. Os investimentos, por sua vez, recuam há quase dois anos.
Mais preocupante do que o resultado de 2015, no entanto, é que a expectativa de analistas é mais um tombo da economia em 2016. Pelo Focus, a projeção é de 3,45%. A taxa vem piorando nas últimas seis semanas.
A única surpresa positiva pode vir do setor externo. A alta do dólar no ano passado, que foi de quase 50%, ajudou a tornar as exportações brasileiras mais competitivas no mercado externo. Ao mesmo tempo, a recessão inibe as importações. Assim, o resultado do setor externo pode ajudar a amenizar a queda do PIB.
Fonte O Globo

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