Economia & Mercado

Governo decide retomar mineração de urânio em Caetité

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Ideia é firmar parcerias com iniciativa privada para explorar o mineral em áreas nas quais ele não é majoritário  |   Bnews - Divulgação Flavio Florido/Folhapress

Publicado em 10/10/2019, às 10h35   Redação BNews


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Os trabalhos na mina do Engenho, em Caetité, no Centro-Sul da Bahia, devem ser retomados até o fim deste ano. Após cinco anos, o governo federal pretende retomar a mineração de urânio em território nacional, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo. A estratégia é ampliar o programa nuclear brasileiro. A mineração nacional de urânio é feita na Unidade de Concentrado de Urânio na cidade baiana desde 1999. Na região, há reservas estimadas em 100 mil toneladas do mineral e parte da população se preocupa com a extração. 

Segundo a reportagem, a exploração será feita unicamente pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), mas diante das restrições do Orçamento para realizar investimentos, o governo deve firmar parcerias com a iniciativa privada para explorar o potencial de urânio em território nacional. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ao jornal que esse não é apenas um desejo do governo, mas uma decisão política que será adotada. 

“Segurança existe. Operamos usinas nucleares há mais de 40 anos. Não existe problema com o setor privado. Qual a diferença do setor privado e do setor estatal? Nenhuma, desde que se tenha condições de controlar e fiscalizar. Essa discussão é coisa do passado e, se for hoje para o Congresso, não vai haver esse tipo de resistência. Essa é a minha opinião pessoal, até pelo convívio que tenho com o Congresso e diversos parlamentares”, disse.

Empresas estrangeiras de países como China, Estados Unidos, França, Japão, Coreia do Sul e Rússia já manifestaram interesse em explorar urânio no País, segundo a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.

O Brasil tem hoje duas usinas nucleares em operação – Angra 1 e Angra 2. Angra 3, com 67% das obras concluídas, foi paralisada em 2015, quando investigações da Operação Lava Jato descobriram um esquema de desvio de recursos por parte das empreiteiras. Agora, a usina precisa de R$ 16 bilhões para ser concluída e, para isso, o governo também estuda uma parceria com o setor privado.

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