Economia & Mercado

Ciro Gomes diz que alta do dólar ocasionará aumento no preço de produtos e serviços básicos

Vagner Souza/ BNews
Às 11h40 desta quarta-feira (11), a moeda norte-americana operava em alta - custando R$4,67  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 11/03/2020, às 12h35   Tamirys Machado e Marcos Maia



O vice-presidente do PDT, e candidato a presidência da República em 2018, Ciro Gomes ponderou na manhã desta quarta-feira (11) que o aumento do preço do dólar ocasionará um aumento no preço de produtos e serviços básicos para a população. Às 11h40 desta manhã, o dólar operava em alta - custando R$4,67.

Questionado sobre a "#CiroAvisou" - que ganhou os trends topics do Twitter a poucos dias a partir do resgate de uma entrevista concedida pelo ex-ministro em 2018, no qual previa que o preço da moeda norte-americana chegaria ao patamar de R$4,50 nos anos seguintes-, Ciro compartilhou o que ele próprio acredita que será "próxima parte do filme".    

"O que vai acontecer agora é que os preços vão queres subir. Você não compra dólar, mas você come pão, certo? Pão é feito de trigo e trigo o Brasil não produz. Bolsonaro aumentou a cota de importação dos EUA, liquidando a triticultura do sul do Brasil. Resultado: Subiu o valor do trigo em dólar, o preço do pão vai subir", exemplificou após o lançamento do plano de governo "12 metas para Salvador continuar avançando"

Ele acrescentou que que outros setores também devem ser impactados, com reajustes no valor do combustível e, consequentemente, do transporte público. Gomes afirmou que o dólar é uma mercadoria, que seu preço em real consiste na taxa de câmbio - quantos reais são necessários para um único dólar. 

Ele destaca que de janeiro até os dias atuais, a moeda nacional se desvalorizou 15% - tornando-se a moeda que mais se desvalorizou em todo o mundo. O vice-presidente da legenda refuta o argumento de que a epidemia do novo coronavírus tenha relação com o fato. 

Gomes também ponderou que o contexto econômico do País nos dois primeiros mandatos do partido dos trabalhadores na presidência da República possibilizou que o ex-presidente Lula pudesse "bancar a farra consumista que lhe rendeu uma popularidade numerosa e merecida".

"Contudo, o país se desindustrializou dramaticamente e quando o valor destes produtos caiu [barril de petróleo, aço e outras commodities] o Brasil ficou com uma fratura exposta. Com o padrão de consumo lá em cima e sem dinheiro para bancar", avaliou. 

Ele acrescenta que anteriormente 30% da riqueza nacional vinha da indústria, e que esse número está em 11% "e despencando" nos dias de hoje.

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