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Saiba o que é pane seca e como evitá-la mesmo com a gasolina tão cara

Rovena Rosa/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Rovena Rosa/Agência Brasil

Publicado em 06/11/2021, às 07h03   Lara Curcino


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A alta de mais de 74% no preço da gasolina desde janeiro de 2021 pode provocar nos motoristas que ainda mantêm seus carros rodando um costume bastante perigoso. Na ilusão de gastar menos, o condutor acaba abastecendo o tanque de pouco em pouco e termina enfrentando um grande problema: a pena seca. 

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O termo é designado para quando todo o combustível do veículo se esgota e o automóvel para de andar. Essa situação pode acarretar dois problemas principais: defeito na bomba de gasolina e multa, caso o carro esteja em via pública. 

O proprietário da oficina Box Car, Cláudio Carneiro, alerta que o conserto pode custar muito mais caro do que se organizar para manter o tanque com uma quantidade confortável de gasolina. 

“A depender do carro, a manutenção ou uma nova bomba pode custar até R$ 8 mil. É uma lógica simples: abastecer sempre que chegar à reserva e procurar colocar uma quantidade substancial. O gasto no final do mês vai ser o mesmo. Porque as pessoas calculam a quilometragem para chegar no lugar que precisam, mas esquecem de considerar a possibilidade de que chova e engarrafe, de que enfrente um congestionamento usual, de que exista uma emergência”, explicou ele ao BNews.

O empresário relata um aumento no número de clientes com pane seca desde as altas sucessivas no preço da gasolina. “Todo dia atendo um novo, teve um crescimento grande e a despesa do motorista é cara. É preciso ter em mente que esse transtorno pode ser evitado.”

Apesar de alertar para que o veículo seja abastecido antes de - ou quando - a reserva apitar, Carneiro explica que essa recomendação é somente para que não haja riscos de que o combustível acabe de vez. 

“Estar na reserva em si não é possibilidade de problemas técnicos. A queima da bomba só acontece quando o equipamento está tentando funcionar e não encontra nenhum combustível”, esclareceu o proprietário da Box Car. 

Um exemplo de motorista que tem passado por constantes situações de tanque a nível muito baixo é a fisioterapeuta Cynara Ferreira. Ela contou ao BNews que, nos últimos meses, tem se deparado com momentos em que roda até não ter mais combustível suficiente e depois procura o posto mais perto possível antes que a gasolina acabe de vez. 

“Com esse aumento do combustível, eu espero chegar até o final do tanque, deixo até o limite, e às vezes fico no sufoco, procurando um posto na rua com medo de acabar a gasolina toda. Isso porque a gente fica naquele controle do quanto gasta, agora que o preço está um absurdo, e fica na expectativa de que baixe um pouco a qualquer momento”, revelou.

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