Publicado em 14/12/2012, às 19h13 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Uma pesquisa promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Brasil ocupa o penúltimo lugar em ranking de competitividade se comparado com outros 14 países com características semelhantes na disputa pelo mercado externo e com padrões econômico-sociais parecidos.
Os dados indicam que não houve melhora na posição brasileira em relação aos seus concorrentes desde 2010, quando foi feito o primeiro levantamento. O país ficou na 13ª posição em uma lista que inclui, entre outros, África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Colômbia, Índia e México.
Nos últimos dois anos, o Brasil manteve inalterada sua colocação na maioria dos 16 subitens avaliados. O custo da mão de obra é o mais alto, assim como o custo do capital -não refletindo as investidas do governo de reduzir os juros e o "spread" (diferença entre o custo de captação do banco e a taxa cobrada ao cliente final).
Nos itens infraestrutura de transporte e o ambiente macro, pressionado pela inflação e pela dívida bruta do governo, o país também está em último lugar.
Para Renato da Fonseca, gerente-executivo da CNI, o desempenho ajuda a explicar a perda de mercado que a indústria brasileira vem sofrendo dentro e fora do país. Esse problema, segundo ele, fica mais evidente em períodos de crise econômica.
"A crise afetou todo o mundo, mas refletiu com muita intensidade sobre a indústria brasileira. Num momento de crise, a competição fica mais acirrada, e é nesse momento que o país precisa demonstrar que tem força e preço para não perder mercado", afirma Fonseca.
Mas, ao que tudo indica, o estudo apontou uma melhora do Brasil em três frentes desde 2010: infraestrutura de energia e de telecomunicações, gastos do governo com educação e apoio governamental à tecnologia e à inovação.
Informações do jornal Folha de S. Paulo*
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