Economia & Mercado

Arroz sofre reajuste de 7% em novembro, nas prateleiras dos supermercados; entenda

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Preço da saca do arroz se mantém superior a R$ 100, há três meses  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 22/11/2023, às 12h34 - Atualizado às 12h40   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Arroz, um dos principais produtos de consumo dos brasileiros, sofreu reajuste de 7% em novembro, nas prateleiras dos supermercados. O preço da saca se mantém superior a R$ 100, há três meses, impactando, de forma geral, no poder de compra e venda do mercado brasileiro.

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Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros Regionais - Federarroz, explica sobre a dinâmica de produção e de precificação do produto, que integra a cesta básica nacional. Segundo ele, essa movimentação é reflexo de uma conjuntura de fatores, como a questão do pico da entressafra no país.

Em entrevista ao site Notícias Agrícolas, Alexandre destaca que o Mercosul – que, tradicionalmente, coloca o produto nos grandes centros do mercado brasileiro -, praticamente não tem mais arroz e, no Sul do Brasil – região que responde por até 80% da produção brasileira -, contará com a safra somente a partir de fevereiro de 2024.

Velho salienta ainda que esta precificação é consequência da diminuição da área brasileira ao longo dos últimos anos. “Para se ter uma ideia, nós já plantamos 1.200 mi hectares no Rio Grande do Sul e, na última safra, nós plantamos apenas 840 mil hectares”, explica.

O presidente do setor aponta um fato preocupante quando esclarece que, em função da baixa rentabilidade desta cultura, muitos produtores vêm alterando suas áreas, migrando para a soja, o trigo e o milho, por exemplo, e aumentando a atuação na pecuária.

“Este ano, nós teremos uma leve recuperação no segmento. Trabalha-se com uma expectativa de uma área próxima a 900 mil hectares para 2023 em função, exatamente, da melhora dos preços desse item, mas lembrando que o arroz tem um alto custo de produção. Entretanto, hoje em dia, apenas 5% dos produtores trabalham com a cultura do arroz. Portanto, apenas essa pequena parcela tem o produto e se beneficia com a remuneração dessa precificação”, relata Velho.

O gestor da associação que representa o setor expõe a continuidade na tentativa, por parte dos produtores, em buscar alternativas para essa situação através de novos mercados. A finalidade é ajustar essa oferta, que repercute diretamente nos valores praticados nas gôndolas dos supermercados, impactando no bolso do consumidor.

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