Economia & Mercado

Bolsonaro dá "ultimato" a ministro para resolver questão dos combustíveis

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que Brasil poderá ter nesta semana "uma boa notícia sobre o tema" relacionada aos impostos  |   Bnews - Divulgação Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 06/06/2022, às 17h00   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma espécie de ultimato ao ministro da Economia, Paulo Guedes, acerca do preço dos combustíveis relacionado a impostos. Ele afirmou, nesta segunda-feira (6), que ainda nesta semana o país poderá ter "uma boa notícia sobre o tema".

A declaração ocorreu após o chefe do Eexcutivo ser questionado, em entrevista a emissoras do Grupo Bandeirantes, se Guedes permanecerá em seu governo em eventual reeleição.

"O Paulo Guedes espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se mostrou favorável a isso, tem trabalhado para isso e espero que nos próximos dias, nessa semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preço dos combustíveis no Brasil", afirmou Bolsonaro.

Ainda sobre a alta nos preços, Bolsonaro, segundo o Valor Econômico, voltou a criticar a "ganância enorme" e o "lucro exagerado" da estatal.

Segundo o mandatário, as petrolíferas reduziram as margens para fazer frente à alta do petróleo, enquanto a Petrobras a aumentou.

Ele clamou para que a empresa não aplique um novo reajuste até que os novos nomes da diretoria sejam apreciados pelo conselho.

"A Petrobras estamos tentando mudar, mudou o ministro de Minas e Energia, que quer mudar agora toda a [diretoria] da Petrobras, mas há uma dificuldade, tem reunião de conselho, uma burocracia enorme, e demora isso daí", disse.

"Espero que até lá não haja um novo aumento de combustíveis. Eu não tenho participação no aumento no preço dos combustíveis, por mim ele não aumentaria", completou.

Questionado sobre a privatização da empresa, Bolsonaro considerou difícil o processo ir adiante e pontuou que, na sua opinião, o processo precisaria ser modulado para não se criar um "monopólio privado".

"Privatização da Petrobras é muito difícil. Conversei com o ministro de Minas e Energia, ele tem essa intenção, deu o pontapé inicial, mas dificilmente vai para frente tudo isso. Correndo tudo certo levaria uns quatro anos. E você tem que modular isso daí. Você não pode simplesmente quem pagar mais vai levar. Hoje em dia, tem um monopólio estatal aqui dentro e ia ter um outro monopólio privado aí fora. A refinaria que foi privatizada na Bahia, poucos meses atrás, começou a vender óleo diesel a preço maior do que aquele de paridade internacional, que ao meu entender foi uma medida muito errada feita no governo Temer", argumentou.

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