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Brasil fornece 18 toneladas em doações para milhares de refugiados na Etiópia; saiba detalhes

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Doações de alimentos e purificadores de água foram entregues na região de Gambela, na Etiópia  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Cláudio Kbene
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 19/02/2024, às 08h44 - Atualizado às 08h48


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O Governo do Brasil anunciou a doação de alimentos e purificadores de água em apoio aos refugiados e comunidades de acolhida em Gambela, na Etiópia. A região é a maior em termos de acolhimento de refugiados no país, lar de 385 mil imigrantes, vindos principalmente do Sudão do Sul, onde faz fronteira.

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Os 65 purificadores de água, que têm capacidade para purificar 5.600 litros por dia, somam-se a doação de 18 toneladas de alimentos que foram feitas durante a visita da primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, à Etiópia.

Na cerimônia de doação, a primeira-dama Janja disse: “Para o Brasil é uma prioridade lutar contra a fome e a pobreza na África. Milhões vivem em abrigos e campos de refugiados em todo o mundo, incluindo no Brasil e na Etiópia, e enfrentam situações extremas de fome. Só podemos resolver estes desafios trabalhando juntos em soluções baseadas na cooperação e na solidariedade para erradicar a fome e a pobreza no mundo”.

O coordenador geral de cooperação humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), José Solla, reiterou: “Esperamos que esses itens e outras ações futuras, as primeiras de muitas, possam contribuir para o bem-estar dos refugiados enquanto estiverem em Etiópia e para as comunidades que os abraçam”.

A contribuição fornecerá necessário apoio nutricional, bem como água potável, a mulheres e meninas, incluindo mulheres grávidas e lactantes, crianças em situação de risco e refugiados que vivem com doenças crônicas nos campos de refugiados de Pinyudo, Jewi, Nguenyyiel, Tierkidi e Kule, localizados em Gambela. A assistência também beneficiará aqueles que chegaram recentemente do Sudão e do Sudão do Sul devido ao conflito em curso e à violência intercomunitária.

A diretora geral do Serviço de Refugiados e Retornados da República Democrática Federal da Etiópia, Teyiba Hassen, acolheu a contribuição, afirmando: “O apoio prestado agora significa muito para aqueles que dependem da ajuda para sobreviver e sobre isso, sinto-me honrada em agradecer à nossa convidada – a primeira dama”.

Hassen ainda acrescentou: “Dado que as pessoas que fogem de catástrofes naturais e provocadas pelo homem têm direito a ‘uma vida cotidiana melhor’, como qualquer ser humano no planeta Terra, acolhemos com agrado essas mãos de apoio para melhor responder às necessidades das nossas pessoas para quem trabalhamos. Portanto, acreditamos firmemente que tais iniciativas poderão ser replicadas em maior escala nos próximos anos”.

A Etiópia acolhe um dos mais expressivos contingentes globais de pessoas refugiados e populações deslocadas internamente. Sendo o terceiro maior país de acolhimento de refugiados na África, é atualmente o lar de quase 1 milhão de refugiados – principalmente do Sudão do Sul, Somália, Eritreia e Sudão – enquanto cerca de 3,5 milhões de etíopes estão deslocados internamente.

“Somos gratos à primeira-dama Janja Lula da Silva e ao governo do Brasil por sua generosa doação e gentileza para com os refugiados na Etiópia. Esta iniciativa proporcionará apoio vital a milhares de pessoas refugiadas que sofrem de desnutrição e dos efeitos da insegurança alimentar”, falou o representante da Agência da Organização das Nações Unidas - ONU para Refugiados (ACNUR) na Etiópia, Andrew Mbogori. “Esperamos que esta ação marque o início de uma cooperação frutífera com o Brasil para avançar soluções para refugiados e pessoas deslocadas à força na Etiópia”, acrescentou.

A doação realizada pelo Governo do Brasil é feita em um momento crucial para apoiar o ACNUR e parceiros no atendimento às necessidades mais críticas das pessoas refugiadas e das comunidades de acolhida, uma vez que a crise climática está afetando a produção e distribuição de alimentos em todo o mundo.

Na Etiópia, foram observados elevados níveis de desnutrição num contexto de insegurança alimentar, juntamente com surtos de doenças transmissíveis atribuíveis ao abastecimento de água inseguro e ao descarte inadequado de resíduos não higiénicos e insalubres.

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