Economia & Mercado

Com dificuldades financeiras e sem crédito no mercado, Marisa usa estratégia curiosa para pagar fornecedores

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Marisa não encontra parceiros para solucionar problemas financeiros  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 07/04/2024, às 10h18 - Atualizado às 10h19


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Falta de capital de giro, portas fechadas no mercado de capitais e, portanto, difuldades para pagar dívidas. Esses são os principais problemas enfrentados pela gigante varejista Marisa. Diante do caos financeiro em que se encontra a empresa recorreu, em última instância, a uma estratégia inusitada: pegou empréstimo de seu próprio banco, o MBank, para quitar débitos com fornecedores.

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Essas informações foram divulgadas na reportagem de o jornal O Esdtado de São Paulo. "O desafio é tamanho que a Marisa Lojas precisou usar empréstimo do seu próprio banco, o MBank, para que os fornecedores da rede conseguissem fazer a antecipação de seus recebíveis, segundo fontes", disse a matéria.

De acordo com informações da reportagem, "em 2023, a conta era de que seriam necessários R$ 400 milhões para quitar pendências e cobrir a última capitalização de R$ 90 milhões que a família fundadora, os Goldfarb, fez no banco da companhia. Com a resistência da família em fazer novos aportes, a gestão buscou outra estratégia, saída para portas fechadas" .

A lógica é a seguinte: sem conseguir antecipar, no mercado de capitais, os recebíveis com o nome da empresa, os fornecedores deveriam buscar antecipação no banco da companhia e, sendo assim, a Marisa pagaria, posteriormente, o MBank pelas compras.

"Apesar da solução momentânea, a necessidade de dinheiro não cessou. Em 2024, a companhia fez três emissões de notas promissórias, que somam R$ 240 milhões. Desses, R$ 90 milhões foram subscritos pela própria família controladora. A empresa anunciou que estuda uma emissão privada ou uma oferta de ações. Nessa nova operação, a família controladora se comprometeria a colocar R$ 195 milhões. Mas ainda não foram encontrados parcerios para a emissão privada, nem bancos dispostos a ancorar a operação no mercado de ações nos moldes do que fizeram outros varejistas", concluiu a reportagem de o Estado de São Paulo.

Vale salientar que, diante de tamanhos entraves, a cotação da ação da Marisa na Bolsa de Valores está muito baixa e despencou 52% em 2024.

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