Diversidade na forma de pagamentos resulta em falta de troco no varejo

A utilização dos cartões, do PIX e dos dispositivos móveis reduziu, significativamente, a movimentação diária, ou seja, a circulação do dinheiro em espécie no mercado de varejo, ocasionando a falta de troco no comércio. Os pagamentos em dinheiro ainda são uma realidade. E quanto menos dinheiro em circulação, diretamente proporcional é a ausência do troco nos caixas.

Quem lida com a moeda física já sente os impactos de tal mudança. E não são poucos os trabalhadores impactados. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em 2021, no Brasil, existem 16,3 milhões de pessoas sem conta em banco e mais 17,7 milhões que utilizam pouco ou não têm acesso aos produtos e serviços disponíveis no mercado e, portato, trabalham, diariamente, com moeda em espécie, já sendo prejudicados pela falta de troco no mercado nacional.

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Em contrapartida, deve-se destacar os aspectos benéficos do processo de digitalização mundial, como a agilidade nas práticas de comercialização e os custos operacionais menores ou inexistentes, como, por exemplo, no caso das negociações através do PIX .

Segundo informações do Banco Central, está previsto para ser lançado, até 2024, o Real Digital, com a proposta de redução da emissão de papel-moeda, proporcionando uma maior facilidade nas transações online e um aumento de dificuldade para quem depende do troco, do dinheiro físico. Em outras palavras, os pequenos comerciantes são e serão os mais prejudicados com essa mudança de realidade.

O CEO e fundador do Super Troco, plataforma de pontos e benefícios voltada ao varejo físico e online, Rodrigo Dória chama a atenção para o fato de que "ao revisar as diretrizes do Real Digital, o Banco Central apresenta como desafios no reflexo da economia a interoperabilidade nos sistemas financeiros, ou seja, a tecnologia. Porém, ainda pouco se fala dos prejuízos ao consumidor com a falta do troco e também para o varejo, principalmente o pequeno comércio, já que a logística para ter dinheiro em frações no caixa consome altos investimentos”.

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