Economia & Mercado

Dólar ganha força após desaceleração na China balançar mercados

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O dólar comercial à vista avançava 0,74%, a R$ 5,1120 na venda.  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 15/08/2022, às 16h53   Clayton Catelani/ Folhapress


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O dólar ganhava força frente ao real nesta segunda-feira (15). A semana começou com temores renovados sobre a saúde da economia global após a divulgação de dados fracos sobre a atividade da China em julho.

A rigorosa política de Pequim para combater a Covid é apontada como a principal causa para a perda de fôlego da atividade industrial da segunda maior economia do mundo, além de uma prolongada crise imobiliária.

Investidores optavam por ativos considerados seguros. Títulos do Tesouro americano são os preferidos em momentos de incerteza, o que acaba favorecendo a valorização mundial da moeda dos Estados Unidos.

Às 11h15, o dólar comercial à vista avançava 0,74%, a R$ 5,1120 na venda. Nas primeiras horas da manhã, a moeda subiu mais de 1% e encostou na casa dos R$ 5,15.

O clima de insegurança também afetava os principais mercados de ações. Na Bolsa de Valores brasileira, o índice Ibovespa caía 0,99%, a 111.644 pontos.

Vinha da queda de 1,89% das ações mais negociadas da Petrobras a maior pressão para a baixa da Bolsa.

A estatal recuava diante do tombo do preço de referência do petróleo no mercado internacional. O barril do Brent cedia 4,5%, cotado a US$ 93,76 (R$ 478,57). A China é a principal consumidora da matéria-prima.

Em Nova York, os principais índices de Wall Street também cediam ligeiramente, influenciando a aversão aos investimentos de risco em outros mercados.

O S&P 500, referência para a Bolsa de Nova York, caía 0,15%. O Dow Jones cedia 0,10%. O indicador da Nasdaq perdia 0,31%.

Na sexta-feira (12), o dólar caiu 1,66%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,0740, seu menor patamar desde 15 de junho. No acumulado da semana, a moeda americana tombou 1,86%.

No mercado global de câmbio, o real teve a maior valorização diária entre seus pares, recuperando-se de uma forte queda na véspera.

A moeda brasileira obteve o maior ganho tanto na comparação com divisas de países emergentes, como em relação à cesta que mede o valor do dinheiro das principais economias.

A Bolsa de Valores brasileira entregou nesta sexta-feira (12) o seu maior crescimento semanal em 21 meses.

Após avançar 2,78% nesta sessão, o índice de referência Ibovespa saltou 5,91% nesta semana. É o melhor ganho desde os 7,42% alcançados na primeira semana de novembro de 2020.

Além de um ambiente internacional mais favorável a investimentos considerados arriscados, como são as aplicações em renda variável de países emergentes, investidores demonstraram otimismo ao avaliarem a bateria de balanços trimestrais das empresas locais.

Nas duas últimas semanas, a Bolsa brasileira fechou no azul em oito sessões e registrou somente duas quedas.

Ainda no pregão de sexta, as ações da Magazine Luiza dispararam quase 18%. Os papéis mais negociados da Petrobras pularam 6,19%. O Banco do Brasil ganhou 5,65%.

Com a maior parte das empresas já tendo concluído suas apresentações de resultados do segundo trimestre, especialistas da XP Investimentos classificaram 73% dos balanços reportando lucros acima do esperado.

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