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Em meio a polêmicas, governo e BC discutem maneiras de desestimular parcelamento sem juros

Agência Brasil
Instituições financeiras entendem que parcelamento eleva as taxas do rotativo  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 14/08/2023, às 14h19   Cadastrado por Bernardo Rego


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Após polêmicas geradas pela fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre o fim do rotativo no cartão de crédito, o governo e o BC discutem também formas de desestimular as compras parceladas sem juros – uma proposta das instituições financeiras, que veem nessa modalidade a principal causa para a alta de taxas no rotativo. As informações são do Estadão.

A diferenciação por linha de produto ocorreria da seguinte maneira: um bem durável, como uma geladeira, poderia ser vendido em um número maior de parcelas. Já um semidurável (uma roupa) seria comercializado com prazo menor.

O crédito rotativo tem juros médios de 437% ao ano e inadimplência de 49%, de acordo com dados de junho do BC. Com o fim desse financiamento, o cliente inadimplente seria direcionado, automaticamente, a um sistema de parcelamento com taxas mais acessíveis.

Sobre a possibilidade de extinção do rotativo, a Febraban disse em nota que busca uma “solução construtiva que passe por uma transição sem rupturas, que pode incluir o fim do crédito rotativo e um redesenho das compras parceladas no cartão”, mas que o processo deve ser acompanhado de uma “diluição de riscos” entre os elos da cadeia, afirmando que hoje os riscos estão concentrados nos bancos emissores, que suportam um elevado custo da inadimplência.

De acordo com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, uma solução deve ser encontrada em 30 ou 60 dias. “Os bancos estão engajados na discussão e fazemos parte do problema, dos juros altos”, disse em entrevista à GloboNews.

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