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Empreendedorismo cresce no Brasil, mas esbarra em falta de qualificação, juros altos e carga tributária

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Baianos relatam conquistas e dificuldades na vida do empreendedorismo  |   Bnews - Divulgação Divulgação // Reprodução // Marcelo Camargo
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 18/04/2023, às 15h37 - Atualizado às 21h26


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Apesar de todos os percalços enfrentados em decorrência da pandemia do Coronavírus, os empreendedores brasileiros conseguiram se manter no negócio mais do que antes. É o que mostra a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021, pesquisa global sobre empreendedorismo, que no Brasil é realizada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

O estudo atesta que o número de empreendedores brasileiros com empresas com mais de 3,5 anos voltou a crescer no Brasil em 2021. São 14 milhões de pessoas de 18 a 64 anos, ou 9,9% da população adulta que comandam um negócio do tipo no país. O percentual representa uma alta de 1,2 ponto percentual em relação a 2020, o que fez o Brasil sair da 13ª para a 7ª posição no ranking de empreendedorismo mundial.

Os empreendimentos estabelecidos, ou seja, que têm mais de 3,5 anos de operação, são um sinal de que as pessoas que abriram um negócio nos últimos anos conseguiram sobreviver ao período mais agudo da pandemia.

Isabel Ribeiro, gerente adjunta da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia e vice-presidente do Conselho de Regional de Economia da Bahia, falou ao BNews sobre a pesquisa.

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“A GEM é a maior pesquisa de empreendedorismo do mundo. Nos seus 22 anos de existência, 110 países participaram desse mapeamento, que já promoveu mais de 10 milhões de entrevistas. O Brasil participa do relatório desde 2002. Em 2021, participaram da pesquisa 50 países. De acordo com o Relatório GEM - Global Entrepreneur Monitor, o empreendedorismo é qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou novo empreendimento como, por exemplo, uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um empreendimento existente, sendo que em qualquer dessas situações a iniciativa pode ser”, destacou.

Em relação aos estágios do empreendedor, consideram-se nascentes os que têm até 3,5 anos e, estabelecidos, os que têm acima de 3,5 anos. Para um empreendedor ultrapassar esse limite de tempo, diversas dificuldades devem ser vencidas. Segundo estudos acerca do empreendedorismo, os principais entraves são falta de apoio financeiro e de efetividade das políticas, burocracia e impostos, falta de educação, problemas com infraestrutura comercial e profissional e dinâmica do mercado interno.

“Então, para os poderes públicos dialogarem com os empreendedores, precisam apresentar políticas públicas para melhorar e/ou mitigar as condições que impactam o empreendedorismo”, afirmou Isabel Ribeiro. Como recomendação, a gerente adjunta cita redução da burocracia, ampliação do ensino do empreendedorismo e maior apoio financeiro.

Outro fator importante é em relação ao empreendedorismo por necessidade, geralmente ocasionado pelo desemprego, más condições de trabalho ou renda insuficiente, que apresentou uma queda em 2021. Cerca de 48,9% dos empreendedores iniciais abriram um negócio em busca de uma fonte de renda. Já empreender por oportunidade significa a possibilidade de alcançar a independência no trabalho ou aumentar a renda mensal.

Segundo a especialista, “a falta de oportunidade no mercado formal para o empreendedor por necessidade, implica na criação de negócios sem nenhum tipo de planejamento e assessoria gerencial, levando à mortalidade precoce, baixa ou zero lucratividade, uso de tecnologias atrasadas, precárias e em desuso (obsoletas), ou seja para uma baixíssima competitividade, o que carrega também, em consequência, na alocação de mão-de-obra desqualificada e, portanto, baixa produtividade, muitas vezes via contratos de trabalhos igualmente precarizados ou que gera insegurança jurídica para trabalhadores e empregadores”.

Salvador

Antes da pandemia, em dezembro de 2019 Salvador possuía 166.718 microempreendedores. Um ano depois esse número passou a ser 198.835. Os números recentes datam de março deste ano e registraram 264.718 microempreendedores. Desta forma, a capital baiana ocupa o terceiro lugar em número de microempreendedores individuais no Brasil.

O portal Mapas das Empresas registra que 70.673 microempresas em Salvador, ocupando a 9ª posição entre as capitais. No mesmo mapa, a cidade tem 9.265 empresas de pequeno porte e ocupa a 11ª posição entre as capitais.

Os segmentos que concentram os empreendedores são aqueles notadamente relacionados ao comércio varejista, alimentação e prestação de serviços pessoais, sobretudo os relacionados à área de cosméticos e beleza.

Mila Paes, secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (Semdec), falou ao BNews sobre os impactos que a pandemia trouxe para o empreendedorismo na capital baiana: “Dá para ver que a pandemia teve um impacto relevante no setor de empreendedorismo, uma vez que muita gente migrou das atividades tradicionais. Pessoas que perderam o emprego, que precisaram, de fato, ficar em casa e tiveram que empreender. Muitas delas no pós-pandemia retornaram às suas atividades e outras acumularam a atividade empreendedora com a tradicional. Muitas também deixaram o mercado que a gente chama de formal para seguir dentro da atividade empreendedora”.

MILA SEMDEC

Questionada sobre o que a Semdec faz para a poiar esse segmento tão importante para a economia, a secretária relata que há “desde ações de crédito, com o CredSalvador Fase 1, que aconteceu no final de 2021 e no ano de 2022, voltado especificamente para esse público. O crédito também estava aberto para empreendedores informais, mas os mais presentes foram os microempreendedores individuais. A gente tem o programa de crédito, emprestamos mais de R$ 21 milhões a mais de 7 mil microempreendedores e empreendedores alcançados por esse programa”.

Paes também detalhou a parceria que a prefeitura tem com o Sebrae para beneficiar os empreendedores. “A gente ainda tem esse programa ativo com foco no apoio aos MEIs, microempresas e pequenas empresas. Está dentro do guarda-chuva Empreenda Salvador, o grande braço da Semdec que cuida do empreendedorismo”, disse.

Trata-se de um programa que oferta consultorias individuais do Sebrae para MEIs e empresas de pequeno porte. Chama-se Fortalecimento de Pequenos Negócios, que está ativo e tem como foco alcançar 2.500 pequenos negócios da cidade. A secretária salientou que o programa tem investimento de cerca de R$ 20 milhões entre prefeitura e Sebrae.

“Esse programa é dividido em seis trilhas: tem o renova varejo, o revigora turismo, tem o focado em bares e restaurantes, tem o delivery, tem o presença digital do zero e tem o gestão financeira. Cada vai identificar, dentro do seu negócio, qual é sua maior necessidade para escolher qual a trilha que ela quer ter a consultoria. Não é uma capacitação só, é uma consultoria individualizada para aqueles negócios. Para se ter uma ideia, se o empreendedor fosse contratar esse serviço no Sebrae custaria entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, e a Semdec, através da parceria da prefeitura, está ofertando isso de maneira gratuita”, detalhou.

A gestora ainda afirmou que a prefeitura fará uma “ação intensa” nos próximos meses com oferta presencial nas principais ruas dos bairros, uma grande mobilização com os prefeitos-bairro, “para ofertar esse programa presencialmente para esses empreendedores, começando pela Baixa dos Sapateiros e Barroquinha”.

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Além do CredSalvador, a Semdec tem “programas voltados para ambulantes, tem o Sou Salvador - capacitação empreendedora voltada para ambulantes que atuam em regiões turísticas da cidade. A gente já fez uma primeira rodada no ano passado no Centro Histórico, fizemos para os empreendedores do Natal Luz e fizemos pra Barra, e agora vamos fazer mais uma rodada no Centro Histórico”.

Outro destaque nesse segmento municipal é o SAC Empreendedor, uma central de atendimento implantada no ano passado na Baixa dos Sapateiros, dentro do Mercado de São Miguel, e é dedicado exclusivamente ao atendimento de empreendedores. “Lá dentro tem atendimento dos vários órgãos do município que têm interface com o empreendedor. Tem atendimento exclusivo via agendamento. Temos atendimento gratuito de contabilidade, consultoria jurídica gratuita, e estamos ofertando diversos serviços voltados para esse público de Salvador”, salientou a secretária.


Novo negócio

Tratar do empreendedorismo na ótica da gestão pública tem seus desafios, até porque a implementação de políticas públicas nessa área requer tempo, organização e, sobretudo, investimentos. Mas, mais desafiador ainda é estar do outro lado, na pele do empreendedor. Felipe Petrocelli que o dia. CEO da PeppyBerry, empresa que surgiu em 2021, em plena pandemia, Felipe falou ao BNews sobre o conceito do produto.

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“Acredito que a pandemia mudou a cabeça de muitas pessoas, assim como mudou nossa cabeça. Viver boa parte do ano de 2020 em isolamento nos despertou o desejo de criar um produto que pudesse incentivar as pessoas a não entrarem na sua zona de conforto. Daí surge nosso pré-move que vem da ideia de pré-movimento, nosso primeiro produto. Nossa proposta com este produto é dar mais disposição, com saúde para nossos consumidores. Desenvolvemos uma fórmula à base de açaí, retirando praticamente toda gordura e calorias da fruta, mantendo, principalmente, seus nutrientes e dentro dessa tecnologia, adicionamos ingredientes naturais para trazer mais energia”, afirmou.

Já sobre o nome, o empresário explica: “já sabíamos e tínhamos um conceito muito bem formado com o produto que queríamos lançar. A partir desse ponto foi pensar em um nome que estivesse ligado a essa ideia enérgica com açaí. ‘Peppy’ vem de enérgico, legal, animado. ‘Berry’ representa um estilo de fruta, suculenta, pequena, carnuda, nosso açaí”.

Quase 50% das empresas no Brasil fecham em até três anos. Sabendo dessa dificuldade dos empreendedores no país, muitos já entram nesse segmento com um pé atrás. Mas Petrocelli já tinha experiência no ramo e vem tirando de letra.

“Empreender é algo que sempre correu em minhas veias. Esse dado que vocês trouxeram é uma realidade que assusta, mas meu primeiro negócio abri com 17 anos de idade. A vida se torna uma escola e neste caminho de empreender no Brasil, a melhor lição é se capacitar, se conectar e ter muita coragem para fazer acontecer. Colocar a mão na massa”, disse ao BNews.

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A Peppy Berry atualmente funciona em uma casa alugada apelidada de “Peppy LAB”, o laboratório de ideias da empresa. Mas não para por aí: “além desse espaço, terceirizamos um centro de distribuição em São Paulo para conseguir atender toda demanda do nosso E-Commerce. Estamos em 82 pontos de vendas e a perspectiva é que até o fim deste ano, alcancemos a marca de 350 pontos. Há 12 pessoas que trabalham diretamente conosco e, para atender as estimativas de crescimento, estamos investindo mais em pessoas, capacitação, estruturação e marketing”.

Mas quando o assunto é carga tributária a situação começa a complicar para os empreendedores brasileiros. “Infelizmente, um dos grandes vilões para a maioria dos empreendedores brasileiros é a carga tributária, principalmente pela complexidade. Acreditamos que a pauta da reforma tributária é extremamente importante para o desenvolvimento e crescimento de novos empreendedores no Brasil. O Brasil é 2º pais que mais tributa as empresas no mundo. Em média, o empreendedor brasileiro paga 70% a mais de tributo do que a média global. É muito desproporcional”, criticou.

Dentro do sistema brasileiro, o que ainda parece ser uma saída para os empreendedores é o Simples Nacional: “Essa é uma pauta que está sempre em discussão em nossa mesa. Dado o nosso modelo de produção (terceirizado) e nosso faturamento, estar no Simples Nacional traz uma economia tributária muito grande. Naturalmente, conforme nosso crescimento, precisaremos readequar nosso enquadramento”.

Questionado se já participou de algum projeto do Sebrae ou, então, se recebeu algum auxílio do poder público, o empresário foi enfático: “Até aqui, toda estruturação e todo investimento foram feitos através de nós, sócios. Sei que o Sebrae tem excelentes incentivos e projetos. Em 2012, tive oportunidade de participar de uma consultoria de gestão para outro negócio. Aprendi muito”.

Uma das molas propulsoras do empreendimento são as redes sociais. “Não só pelo aspecto de visibilidade, mas principalmente pelo aspecto de escala do nosso negócio. Existe um dado que diz que nós, brasileiros, somos o povo que mais passa tempo no celular no mundo. Atrelado a esse dado, boa parte deste tempo está vinculado às redes sociais. Lembro que no ano passado li um artigo que citou a quantidade de horas somadas de todos brasileiros em celular no ano de 2021. O número me assustou tanto que gravei este dado: são mais de 193 bilhões de horas. Não só para Peppy Berry, mas as empresas que têm capacidade de vender seus serviços e produtos na internet e ainda não estão fazendo isso, estão deixando um oceano azul de oportunidades. Hoje vendemos para todo o Brasil, com frete grátis para alguns estados através do nosso site.

Sucesso do interior

Estabelecido no mercado há mais tempo, desde 2016, Diego Lemos Ferreira, fundador e diretor de produção, pesquisa e desenvolvimento da Lemavos, fábrica de bebidas localizada em Santo Antônio de Jesus, fala sobre os desafios da pandemia, único período em que a empresa teve retração.

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“Num primeiro momento, o impacto maior foi na venda. Em 2020 foi o único ano em que a empresa experimentou declínio (9%). Para se ter uma ideia, mesmo com este declínio, nosso crescimento médio anual é de 101%. E esse impacto só não foi maior porque nós já estávamos com a loja virtual pronta desde dezembro de 2019. Então quando começou a pandemia, nós pudemos iniciar a divulgação da loja virtual de imediato, enquanto muitos estavam ainda escolhendo o servidor de hospedagem e tirando fotos de estúdio”, disse.

Apesar da pequena retração, posteriormente, já com a loja online a todo vapor, as vendas tiveram um sobressalto: “Num segundo momento, vieram os problemas de abastecimento da cadeia de suprimentos e isso dura até hoje. Em 2021, por exemplo, nossa produção ficou parada por falta de garrafa. Ninguém do mercado tinha”.

O empresário confidenciou ao BNews que o negócio vai muito bem, mas o crédito no Brasil a juros altíssimos complica a expansão. “O nosso grande desafio e ainda é até hoje a escassez de dinheiro. Manter um crescimento médio anual de 101% não é fácil num país cujas taxas de juros estão entre as mais elevadas do mundo. Mesmo em bancos como BNB e BNDES, que oferecem taxas subsidiadas, as taxas são altas. E nós somos avessos a endividamento”.

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Outro problema identificado – e vencido – por Diego foi impossibilidade de sustentar uma sociedade com terceiros e, também, a dificuldade para se dedicar exclusivamente ao então novo negócio.

“Nos anos iniciais, as empresas não só não são capazes de sustentar os sócios, como também exigem mais capital para crescer. Para resolver isso, tive que trabalhar em paralelo em outros locais para tirar meu sustento e investir na empresa e pouco a pouco ir migrando para me dedicar full time ao negócio. Em 2016, por exemplo, eu trabalhava de manhã, de tarde e de noite para outros e só me dedicava à empresa ao meio dia e nos fins de semana. Daí passei a ser professor, e liberei as tardes e algumas manhãs, depois manhã e tarde e só no final de 2020 passei a estar 100% no negócio. Empreendedor que pensa que vai ganhar bem nos 5 primeiros anos fecha a empresa antes disso”, pontuou em entrevista ao BNews.

Atualmente a Lemavos emprega duas funcionárias. A previsão, porém, é de crescimento da produção e faturamento: “Como somos fortes em pesquisa e desenvolvimento, conseguimos montar uma linha de produção enxuta que apenas uma pessoa opera com tranquilidade. Usamos apenas 25% da capacidade dela ainda. Quanto à perspectiva, ainda temos muito o que explorar mesmo na Bahia, de onde vem a maior parte do nosso faturamento”.

Ao contrário do CEO da Peppy Berry, Diego Lemos fez críticas ao Simples Nacional, porém engrossa o coro a favor da reforma tributária: “O Simples Nacional até que oferece uma carga tributária razoável, mas as obrigações assessorias são muitas e torna a operação custosa e complexa. Para se ter uma ideia, por causa da complexidade do Simples Nacional (sim, o Simples não é simples), meu custo administrativo para fazer frente a todas as obrigações custa cerca de 25% do imposto que pago. E a operação em outros estados é ainda mais complexa. Precisamos de uma reforma tributária com urgência”.

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Lemos vai além nas críticas ao modelo do Simples Nacional: “Acho que imposto tem que ser tão fácil de calcular que o ‘Sr. Zé’ padeiro, com apenas 1º grau incompleto, seja capaz de calcular em penas 1 hora no mês. Eu, com meu doutorado, tenho que contratar um contador e um software para calcular. Isso não é razoável. Acredito que parte da alta informalidade e sonegação fiscal que o país enfrenta se deve a esta complexidade. E outra coisa, uma empresa de pequeno porte, com faturamento próximo de R$ 1,5 milhão, paga menos imposto no Lucro Real do que no Simples Nacional. O problema é que operar no Lucro Real exige muita organização e equipe capacitada. Daí o operacional do Lucro Real, não o imposto, torna esse modelo inviável para o pequeno negócio”.

Para conquistar o mercado e ganhar expertise no setor que resolveu investir, o empresário também procurou atingir a excelência. “Acredito que um negócio não se sustenta com um diferencial, mas com um conjunto de diferenciais. Neste sentido, um dos nossos grandes diferenciais está na capacidade de desenvolver bebidas alcoólicas de excelência. O que o mercado vê hoje é apenas parte da nossa ‘munição’ de produtos. Tem muito por vir. Outro diferencial é o marketing. Amo arte, amo o pelourinho e seus artistas. Dizemos inclusive que a primeira compra, o cliente faz pela embalagem, a segunda, pela qualidade do produto”, destacou.

Outra preocupação da Lemavos é com a governança corporativa e consciência socioambiental: “temos Selo da Agricultura Familiar, forte compromisso ambiental, compromisso regulatório (cumprimos com a legislação), não sonegamos. Quem quer crescer, anda correto. Por fim, procuramos criar um ambiente de trabalho leve, com muita amizade, sinceridade e respeito”.

O empresário afirmou ao BNews que já estabeleceu diversas parcerias, inclusive com uma universidade, e que isso deve render frutos em pouco tempo: “Temos dois projetos de pesquisa rodando em parceria com a UFSB, financiados em partes pelo CNPq e FAPESB. Estes projetos deixarão um legado muito bonito para o sul da Bahia. Já contratamos SEBRAETEC. Inclusive participamos do Programa Origem Bahia, uma parceria FIEB/SEBRAE/ULTRAMARES o qual nos dá mentoria para exportação. Foi graças a este programa que entramos na União Europeia e vamos participar de uma feira na Coréia do Sul”.

Todo esse empenho em diversos setores vem se aliando ao trabalho nas redes sócias e e-commerce. “Nossa loja virtual nos permitiu alcançar o Brasil inteiro”, comemorou. Mas o empresário alerta: “Quanto às redes sociais, são importantes, mas tenho lá meu pé atrás. Elas precisam ser regulamentadas. Certa feita suspendi os impulsionamos porque descobri que as propagandas da empresa estavam sendo exibidas em sites de conteúdo duvidoso e de discurso de ódio. A postura recente do Twitter sobre a violência nas escolas me fez suspender todas as postagens nele. Em resumo, nós usamos as redes sociais, são importantes, mas as acompanhamos de perto”.

Em uma país com tanto desemprego e subemprego, além da baixa renda da população, empreender virou, praticamente, uma saída para a sobrevivência de boa parte da população. O empreendedorismo, seja ele por necessidade ou opção, pode transformar a vida do cidadão. Para isso, o poder público precisa lançar mão de políticas públicas nessa área e as entidades como o Sebrae precisam se aproximar cada vez mais de quem mais precisa de informação e conhecimento. Problemas como a alta carga tributária e os juros elevados no Brasil, por exemplo, são entraves que também precisam ser resolvidos para que os empreendedores consigam se desenvolver e gerar cada vez mais emprego e renda.


Auxílio ao empreendedor

Para os empreendedores ou quem está pensando em empreender, seguem abaixo alguns sites que podem fornecer auxílio:

Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (SEMDEC)
Sebrae
Portal do Empreendedor

Classificação Indicativa: Livre

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