Economia & Mercado

Entenda por que grupo financeiro quer vender o Outback no Brasil

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Especialistas argumentam que venda pode ser uma alternativa para investir em outros mercados  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 24/05/2024, às 13h34   Cadastrado por Bernardo Rego



A Bloomin' Brands, grupo que controla a rede Outback, informou ao mercado em abril passado que tinha a intenção de vender as ações da rede de alimentos. A operação da Bloomin' Brands inclui 159 restaurantes do Outback no Brasil, além de 16 unidades da rede Abbraccio e duas da Aussie Grill. 

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O Outback garante que as lojas brasileiras não irão fechar, mas a possibilidade de venda causa um burburinho. Qual o real motivo dessa operação financeira?


Ao portal G1, especialistas disseram que a possibilidade de venda tende a ser uma alternativa para o grupo controlados de angariar recursos com o objetivo de investir e ter uma melhor eficiência financeira no seu mercado principal, os Estados Unidos. 


"É muito comum que uma companhia venda alguma operação de valor, como é o caso do Brasil para o Outback, quando a sede precisa de dinheiro", pontuou Samuel Barros, reitor do Ibmec Rio de Janeiro.

O lucro das operações internacionais da rede, em 2023, foi de US$ 84 milhões (cerca de R$ 432 milhões), e o Brasil responde por 87% do faturamento internacional da empresa.

O professor Rodolfo Olivo, da FIA Business School, informou que boa parte dos investimentos feitos pela contoroladora do Outback para expandir os negócios, foram feitos em um momento onde o real estava mais valorizado. No momento atual, a moeda está mais fraca consequentemente o retorno financeiro é menor. 


"A nossa moeda ficou mais pobre. Antes da pandemia, o dólar estava na casa de R$ 3,50 ou R$ 4. Agora, quando se transforma a receita de real para dólar, ela fica efetivamente menor", pontua Olivo.

Olivo acredita que outro desafio enfrentando pela Bloomin' é a forma como a rede se expande pelo país.

"Para você expandir em número de lojas, não necessariamente você consegue ter as melhores praças", destacou o professor.


O professor ressaltou ainda que o formato utilizado pelo Outback funciona de forma mais assertiva em locais onde há um público expressivo, como as cidades grandes e bairros populosos, com alto poder aquisitivo.

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