Governos começam a estudar possibilidade de desenvolver suas próprias ferramentas de IA

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, anunciou que Portugal iria desenvolver a sua própria IA. A novidade foi divulgada durante a abertura do Web Summit Lisboa e dividiu opiniões na plateia. As informações são do colunista Guilherme Ravache, do Valor Econômico e publisher do BNews.

Embora a OpenAI ainda não tenha divulgado todos os detalhes sobre o treinamento do GPT-4, o CEO Sam Altman já disse que o custo para treinar a ferramenta foi superior a US$ 100 milhões. Analistas especularam ainda que modelos futuros podem custar até bilhões de dólares para treinar. O Goldman Sachs, entre outras instituições, tem questionado o retorno do investimento (ROI) da indústria.

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Para os governos, além dos elevados custos de desenvolvimento, a manutenção de uma tecnologia tão jovem seria desafiadora, principalmente pela falta de mão de obra e pela necessidade de constantes investimentos em atualizações. Já os defensores de grandes modelos de linguagem (LLMs) argumentam que ter a própria IA reduz dependência de empresas estrangeiras, protegendo informações sensíveis.

Entre as vantagem das IAs desenvolvidas localmente, estão que elas podem ser adaptadas para respeitar nuances culturais, linguísticas e sociais específicas do país, melhorando a eficácia em serviços públicos como educação, saúde e segurança.

O Brasil também anunciou planos de desenvolver sua própria LLMs. Até 2028, o Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro prevê investimentos de R$ 23 bilhões no Plano Nacional de Inteligência Artificial (PNIA). Entre as ações, uma das iniciativas para o Sistema Único de Saúde (SUS) é automatizar a transcrição de teleconsultas e uma ferramenta para suporte à decisão na compra de medicamentos.

A tendência é que a IA seja cada vez mais customizada para cada pessoa. A grosso modo, poderíamos ter bilhões de IAs, inclusive com IAs desenvolvendo novas IAs. Os agentes autônomos em IA são sistemas de inteligência artificial projetados para operar de forma independente, realizando tarefas e tomando decisões sem a necessidade de intervenção humana constante.