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Grupo chinês prepara anúncio oficial de fábrica de veículos na Bahia para próxima semana

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Vice-presidente da BYD terá encontro com Lula e Jerônimo Rodrigues nesta quarta (28)  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 28/06/2023, às 08h42 - Atualizado às 08h43


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O grupo chinês BYD vai anunciar, na próxima terça-feira (4), detalhes da fábrica de veículos que será instalada na Bahia. A divulgação será feita pela vice-presidente global da companhia, Stella Li, que já chegou ao Brasil para tratar dos últimos detalhes que envolvem o projeto. Nesta quarta-feira (28), ela e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, estarão em Brasília para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do site Valor Econômico.

De acordo com a publicação o anúncio oficial ainda depende de algumas definições. A principal é a localização da fábrica. Não estão totalmente concluídas as negociações dos chineses com a Ford para a compra da fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em 2021. O governo baiano preparou-se para oferecer outra área caso as negociações com a Ford fracassem.

Os incentivos fiscais envolvidos ainda são um mistério. Em entrevista, Jerônimo afirmo estar pronto para atender às “demandas de incentivos” do grupo chinês. Estaria faltando, disse ele, uma resposta do pedido feito ao governo federal.

Se não houver sinalização nesse sentido, a BYD (Build Your Dreams - construa seus sonhos, na sigla em inglês) corre o risco de se instalar na Bahia tarde demais para usufruir dos benefícios fiscais do regime automotivo do Nordeste e Centro-Oeste, previsto para terminar em 2025. Há a possibilidade, porém, de os incentivos serem renovados, como pedem outras montadoras instaladas nessas regiões - Stellantis, em Pernambuco, e CAOA e Mitsubishi em Goiás.

Stella Li afirmou ao Valor que a empresa ainda decidirá quais modelos planeja produzir aqui. Ainda segundo ela, além dos carros 100% elétricos, pretende fabricar no Brasil híbridos “plug-in” que poderão usar etanol. Assim como o híbrido comum, o “plug-in” tem dois motores - um a combustão e outro elétrico, que se alternam, dependendo do uso. A diferença é que o “plug-in” pode ser também carregado em tomada, o que eleva seu potencial elétrico.

A intenção da BYD é investir no Brasil cerca de R$ 10 bilhões até 2025. No protocolo de intenções assinado com o governo da Bahia em 27 de outubro e anunciado no dia seguinte por Rui Costa, ministro da Casa Civil, além dos automóveis, os planos do grupo chinês envolvem produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos, além do processamento de lítio e ferro fosfato. De acordo com o documento, o investimento inicial no complexo industrial baiano somará R$ 3 bilhões e será feito com recursos do próprio grupo.

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