Economia & Mercado

Itens tradicionais para a refeição da Semana Santa têm forte desaceleração e consumidor é favorecido, aponta Fecomércio-BA

Divulgação // Mario Rodrigues
“Essa forte desaceleração é muito benéfica para o consumidor", destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze  |   Bnews - Divulgação Divulgação // Mario Rodrigues
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

[email protected]

Publicado em 13/03/2024, às 12h34


FacebookTwitterWhatsApp

A Fecomércio-BA aponta, através de análise de dados do IBGE, que a cesta dos itens tradicionais mais procurados para a Semana Santa e Páscoa, em relação a alimentação, está com aumento médio de 5,86% no acumulado de 12 meses até janeiro deste ano, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No mesmo período do ano anterior, a variação havia sido de 21,58%.

Se inscreva no canal do BNews no Youtube!

“Essa forte desaceleração é muito benéfica para o consumidor, pois, ao mesmo tempo em que os preços não estão pressionados, há um ambiente mais favorável de mercado de trabalho e renda, dando condições de uma expansão de consumo no período, além de uma redução na taxa de famílias inadimplentes na região de Salvador, conforme mostra a PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Fecomércio-BA”, pontua o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

O azeite de oliva será o grande vilão neste ano, com aumento médio de quase 37%. Na segunda posição vem o arroz com alta, em 12 meses, de 24,56%. No caminho inverso, os itens cebola, tomate e alho, registraram recuos respectivos de -18,73%, -5,54% e -3,84%. “Embora as variações tenham sido negativas em 12 meses, vale o alerta que esses produtos tiveram forte aumento pontualmente no fim do ano por conta de problema de oferta, dada as questões climáticas adversas nas principais regiões produtoras do país”, destaca o economista.

Como o ovo de Páscoa é um item sazonal, ele não é monitorado pelo IBGE, não sendo possível a captação de aumento ou queda nos preços em relação ao ano anterior. Dietze pontua ainda que “é notório que o seu processo de fabricação é diferente, com mais itens além do chocolate, como o presente interno, os plásticos diferenciados, fita para amarrar, sem contar a mão-de-obra e equipamentos específicos para produção que tem um tempo limitado”.

Mesmo assim, o que a Fecomércio-BA faz é realizar uma aproximação com os dois itens relacionados ao chocolate que o IBGE pesquisa, chocolate e achocolatado em pó que sobe 4,5% e o chocolate em barra e bombom, com queda de -1,69%. Ambos estão com variação muito abaixo da apurada em janeiro de 2023, o que pode se refletir também nos ovos, ou seja, menos pressionados.

Portanto, o cenário para 2024 indica ser mais positivo em relação aos preços aos consumidores dos itens tradicionais da refeição da Páscoa, importante momento para o Comércio e Serviços, sobretudo os restaurantes.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp