Economia & Mercado

Madero fecha unidades e renegocia dívidas milionárias

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Nesta semana, a Madero anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 27/07/2023, às 18h31


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Em função da crise financeira, o Madero fechou duas unidades da hamburgueria Jeronimo em São Paulo, uma na Vila Madalena e outra em Pinheiros. Ainda abaladas pelas medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19 no País e por seu modelo de negócio de alto custo, a empresa passa por uma reestruturação nas finanças e tenta renegociar prejuízo milionário.

Nesta semana, a empresa anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual. A companhia também assinou um aditivo em relação à quarta emissão de debêntures (títulos de dívida). A dívida líquida, de R$ 898,8 milhões, representa 70% da receita líquida do Madero em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. Por isso, o Madero tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas.

O sócio fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari, afirma que o endividamento do Madero se dá devido ao seu modelo de negócios. Porém, a rolagem de uma dívida bilionária é indicativo de que os credores veem boas perspectivas para o segmento de alimentação fora do lar.

“O Grupo Madero tem um modelo de desenvolvimento próprio, com fábricas e grande produção de orgânicos. É uma linha de altíssimo investimento que assegura coisas importantes em termos de qualidade, diferenciação, saudabilidade e sustentabilidade. Mas tudo isso tem um custo”, diz Molinari.

O especialista avalia ainda que o fechamento de unidades de uma rede como o Jeronimo não é um sinal positivo, especialmente porque a rede depende de um alto volume de tráfego para ter rentabilidade, como acontece com concorrentes como McDonald’s e Bob’s.

No primeiro trimestre de 2023, o Madero teve aumento de 29% na receita ante igual período no ano anterior, fechando março com R$ 392,9 milhões. O prejuízo líquido caiu 20%, indo a R$ 43,5 milhões. A empresa diz que os juros altos na economia brasileira exigiram aumento de caixa, o que levou a despesas não recorrentes no começo deste ano.

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