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Cerca de 400 minas estão abandonadas no Brasil e especialistas falam em "bomba-relógio"; saiba onde

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As 400 minas abandonadas provocam estado de urgência no estado brasileiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Freepik
Redação Bnews

por Redação Bnews

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Publicado em 27/12/2024, às 13h51 - Atualizado às 14h17



Um levantamento feito pela Agência Nacional de Mineração (ANM), aponta que as barragens mais vulneráveis em Minas Gerais pertencem a empresas que hoje estão com atividades paralisadas.

Com maior risco, a barragem de Mina Engenho, que pertence à Mundo Mineração, deixou de operar há mais de seis anos. Sem a manutenção devida, o local recebeu apenas placas de alerta para a presença de material tóxico usado na extração de ouro, como arsênico e mercúrio.

Em levantamento realizado pelo jornal O Estado de São Paulo, verificou-se que outras duas minas com atividades paralisadas representam mais riscos do que as instalações da Vale, em Brumadinho. Tais situações chamam a atenção do Ministério Público de Minas Gerais, que investiga algumas dessas operações.

Ao todo, um estudo feito pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) detectou 400 minas abandonadas ou desativadas no estado, indo desde sítios inoperantes até barragens que não apresentam relatórios de segurança sobre seus rejeitos.

A fundação traz três casos preocupantes, como a Mundo Mineração, Minar Mineração Aredes e Topázio Imperial Mineração. Profissionais do setor afirmam que as minas desativadas no estado são uma bomba-relógio.

"A conta um dia vai chegar e tem o potencial de quebrar de vez o estado. Muitas dessas mineradoras sequer existem mais. E quem vai pagar a conta do desastre ambiental e social? O poder público", disse o professor da Unidade Federal de Itajubá, Carlos Martinez.

A Minar Mineração não funciona há quase dez anos, e se encontra em Itabirito, dentro de uma área de preservação ambiental. O empresário Lucas Cabalero, atual dono da empresa, já foi notificado pelo Ministério Público Federal (MPF) a apresentar um relatório de estabilidade.

O proprietário afirma que os rejeitos estão secos e não há risco de rompimento, porém o MP classifica como urgente o caso e está cobrando providências de seus donos. Já a Topázio Imperial está parada desde 2017, quando o MP entrou com uma ação contra a empresa.

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