Mesmo com preços mais altos, Fecomércio prevê elevação nas vendas para o Dia dos Pais

A Federação de Comércio da Bahia tem uma boa expectativa para o Dia dos Pais neste ano. Segundo a projeção feita pela entidade, as vendas no mês de vestuário e calçados devem crescer 18% no comparativo com o mesmo período em 2021.

Segundo a Fecomércio esse desempenho deve animar os empresários do setor. Embora ainda haja muitas famílias endividadas, com contas em atraso, além da inflação alta prejudicando o orçamento doméstico, o setor de vestuário conta com produtos mais acessíveis, com valores mais baixos e que podem estimular as vendas nesta época do ano”, destaca o consultor econômico da entidade, Guilherme Dietze.

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Entretanto, a Fecomércio ressalta que os consumidores terão que pagar um preço mais salgado em 2022. Segundo cálculos da Entidade, com base nas informações do IBGE, a inflação da cesta de produtos mais comprados no Dia dos Pais subiu 13,1% em média, contra 11,4% do aumento de preços gerais na Região Metropolitana de Salvador.

 “Esses aumentos são em decorrência dos custos mais elevados dos fabricantes, como é o caso do algodão e o poliéster, esse derivado do petróleo. Além disso, gastos de logística de transporte também ficaram mais caros e, por consequência, há o repasse ao consumidor”, pontua Dietze.

Ainda segundo a entidade, o destaque vai para alguns itens de vestuário, como é o caso da camisa masculina, que sobe 39,1% em um ano, muito próximo também da calça comprida que registrou variação média de 29,4%. Os sapatos também estão 22,7% mais caros do que há um ano. Por outro lado, quem pensa em comprar um computador pessoal deve gastar, em média, 8,7% a menos do que neste mesmo período de 2021. Os perfumes também registraram redução, mas bem mais singela, de -0,7%.

“Mesmo com a média dos produtos da cesta do Dia dos Pais mais cara do que no ano passado, os preços ainda são acessíveis, sobretudo aos consumidores que buscam o parcelamento no cartão. As vendas devem ficar aquecidas no período, o que sinaliza um bom momento para a economia baiana ao longo desse segundo semestre”, analisa o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

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