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“Não há nada que justifique 8% de juro real acima da inflação", dispara Alckmin

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A fala aconteceu em seminário na sede do BNDES  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 20/03/2023, às 18h26   Cadastrado por Bernardo Rego


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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), criticou a atual taxa de juros no Brasil. A fala ocorreu nesta segunda-feira (20), na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21”.

“Não há nada que justifique 8% de juro real acima da inflação quando não há demanda explodindo e de outro lado quando o mundo inteiro está praticamente com juro negativo”, disse. Desde agosto, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%, e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) decidiu mantê-la na última reunião, em fevereiro.

De acordo com o G1, apesar da crítica, Alckmin afirmou que a inflação — que o Banco Central busca controlar por meio da taxa Selic — não pode voltar. “Não pode voltar inflação. A inflação não é socialmente neutra: ela tira do mais pobre e põe para o mais rico”, salientou Alckmin. Segundo levantamento feito pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management em fevereiro, o Brasil é o país com a maior taxa de juros reais (descontada a inflação) do mundo.

Alckmin fez elogios à ancoragem fiscal, que vai ser divulgada nos próximos dias, que contempla a curva da dívida, o superávit e o controle de gastos. “Temos inúmeros desafios, entre eles imposto e o custo do dinheiro, os juros altos. Mas o governo Lula está muito empenhado em fazer a reforma tributária. Vai simplificar cinco tributos em um único imposto, o IVA, que vai reduzir o custo Brasil”, explicou o vice-presidente.

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