Economia & Mercado

Onda de calor é prenúncio do próximo verão e impulsiona vendas no varejo; entenda

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Variações de temperatura têm impacto direto nas vendas de diversos setores da economia  |   Bnews - Divulgação Divulgação | Freepik

Publicado em 15/11/2023, às 08h04 - Atualizado às 08h17   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Calor registrado esta semana em cinco estados da região Sudeste e Centro-Oeste e também no Nordeste é uma amostra do que os brasileiros podem esperar para o próximo verão. Variações de temperatura já têm impacto direto nas vendas varejistas de diversos setores da economia nacional.

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As análises da Climatempo, maior empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, apontam que as temperaturas deverão permanecer elevadas em boa parte da estação, com mais dias batendo a marca de 40oC e um calor mais constante do que o registrado no mesmo período do ano passado.

“O fenômeno do El Niño vai se acentuar entre dezembro e janeiro, fazendo com que as temperaturas fiquem elevadas em boa parte do verão. Teremos mais dias ensolarados”, afirma Vinicius Henrique de Lima, climatologista da Climatempo.

Esse quadro também provocará muitas pancadas de chuva, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. “As chuvas serão mais localizadas, mas mais intensas, no formato de pancadas de menor duração”, acrescenta o especialista.

Áreas como os litorais paulista e do Rio de Janeiro serão as que registrarão as temperaturas mais altas, e também mais pancadas de chuvas. “Em dezembro, teremos 150 mm de chuvas em São Paulo e até 200 mm no Rio Grande do Sul, mas isto não significa que haverá alagamentos”, observa o meteorologista Willians Bini.

Calor impulsiona vendas

A perspectiva de um verão mais quente e ensolarado deverá favorecer as vendas de produtos como ventiladores, ar condicionados, protetores solar, alimentos e bebidas típicas da estação, entre outros, segundo destaca Willians Bini. “As vendas de água crescem 40% quando há um incremento de 0,5 grau na temperatura, e a de cervejas, 1,51%”, conta ele.

“Variações de temperaturas têm um impacto direto nos mais variados setores, do agronegócio à indústria de alimentos, cosméticos e vestuário, e pode até levar a revisões nas políticas públicas de saúde”, explica Bini.

Ele conta que a Climatempo tem registrado um aumento do número de empresas em busca de informações estratégicas sobre o clima para apoiar o planejamento de curto, médio e longo prazos, a fim de reduzir o risco do negócio.

São empresas de varejo em setores como beauty e, confecção, mas também indústrias, incluindo farmacêutica, refrigeração, de alimentos e bebidas, além daquelas mais diretamente afetadas como as da agroindústria, de energia e de logística.

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