Economia & Mercado

Paraguai deve suspender mineração de criptomoedas; saiba motivo

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Mineração de bitcoin e outras criptomoedas tem causado uma série de problemas ao país  |   Bnews - Divulgação Pixabay
Beatriz Araújo

por Beatriz Araújo

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Publicado em 06/04/2024, às 17h20


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Pelo menos 15 senadores do Paraguai se reuniram, nesta semana, para propor um Projeto de Lei que visa proibir a mineração de criptomoedas, a exemplo de bitcoin, no país. O motivo é que a atividade tem causado uma série de problemas relacionados ao consumo energético e até mesmo fraudes como os frequentes casos de furto de energia no sistema elétrico, recentemente detectados pela Administração Nacional de Eletricidade (Ande).

O projeto, de acordo com o Exame, tem como objetivo "proibir temporariamente a criação, conservação, armazenamento e comercialização de ativos virtuais ou criptoativos, criptomoedas e a instalação de centros de mineração de criptomoedas em todo o território paraguaio".

Justificativa

Na justificativa, os senadores responsáveis pela proposta apontam que “enquanto os cortes de eletricidade acontecem de forma constante e o país registra novos recordes de consumo, cerca de 28% do uso total da energia corresponde às perdas que a estatal Ande tem devido às conexões irregulares, entre elas as fazendas para a mineração de criptomoedas”.

Para os políticos, a atividade só deve continuar caso venha a desenvolver uma infraestrutura capaz de suportar as operações de mineração sem afetar a atual rede de energia. Vale lembrar que a mineração exige uso intensivo de energia elétrica, com equipamentos ligados 24 horas por dia e sistemas de refrigeração.

Gasto energético

Chama atenção, ainda, o fato que o Paraguai tem enfrentado uma onda de calor que resultou no aumento do gasto energético em todo o território nacional. O cenário já desperta discussões sobre a situação da infraestrutura do país no que se refere à energia.

Embora o projeto ainda não tenha sido aprovado pelo Senado do Paraguai, as chances disso acontecer são grandes, já que o grupo de senadores por trás da iniciativa representa um terço dos atuais 45 senadores do país. Neste cenário, é provável que a proposta seja analisada com êxito pelos legisladores em breve.

Classificação Indicativa: Livre

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