Economia & Mercado

Páscoa: previsão de volume de vendas na Bahia é de R$ 70 milhões; varejo deve faturar R$ 2,49 bilhões no Brasil

Paulo M. Azevedo // BNews
Bahia é o 7º estado com expectativa de maior volume de faturamento na Páscoa de 2023  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo // BNews
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 24/03/2023, às 16h09


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Após período de forte retração em decorrência da pandemia do Coronavírus, a economia vem se recuperando a cada dia. No Brasil, setores como turismo e eventos estão de vento em popa.

O varejo também vem dando sinais firmes de restabelecimento, e as datas comemorativas servem como um termômetro para medir a que passo caminha a recuperação econômica do setor.

Com a proximidade da Páscoa, o comércio vem se aquecendo a cada dia e produtos alimentícios consumidos na Semana Santa e os tradicionais ovos de páscoa puxam uma alta no consumo e, consequentemente, no faturamento.

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Se confirmada a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do varejo na Páscoa de 2023 deverá totalizar R$ 2,49 bilhões, 2,8% acima do ano passado, mas 2,7% abaixo do nível pré-pandemia.

Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), falou à editoria BNews Economia & Mercado sobre o porquê de o setor não conseguir atingir ou ultrapassar o patamar registrado em 2019, período pré-pandemia.

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Fabio Bentes - economista da CNC

“A razão para isso é o fato de que a gente ainda vive uma inflação de alimentos muito forte no Brasil, e a Páscoa é uma data comemorativa onde há um foco mais no consumo de alimentos do que outros tipos de produtos, então isso vai afetar o desempenho da Páscoa nesse ano. A variação nessa cesta de produtos típicos do periodo (chocolates, pescados diversos, bacalhau, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa) deve apontar para alta de 8,1% e, se confirmado, seria a maior variação, maior reajuste desses preços desde a Páscoa de 2016, quando a variação média desses produtos ficou acima de 10%”, explicou.

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Faturamento

Os maiores volumes de faturamento tendem a se concentrar em São Paulo (R$ 977 milhões), Minas Gerais (R$ 273 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 244 milhões). Juntas, essas três unidades da Federação responderão por 60% do volume financeiro gerado pela Páscoa deste ano.

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A Bahia, por sua vez, aparece como o 7º estado com expectativa de maior volume de faturamento na páscoa de 2023. A previsão de vendas gira em torno de R$ 70,3 milhões. Tem termos de faturamento, a Bahia fica atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - estados do Sul e Sudeste.

Páscoa modesta

A Páscoa é a 6ª data comemorativa mais importante para o comércio, e por isso a importância de se obter bons números em relação à economia. É sabido que os produtos estão mais caros, mas em tempos difíceis o Brasileiro ficou expert em improvisar. Por isso, a prioridade desta Páscoa serão os produtos mais em conta, sobretudo os importados.

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O bacalhau, por exemplo, teve recuo na importação de 32,7% no comparativo com a Páscoa de 2022. Já o chocolate, produto mais barato e de grande aderência, ganhou mais destaque e teve alta na importação em relação ao ano anterior, totalizando 2,76 mil toneladas.

“Um indício de que o varejo está apostando em uma Páscoa mais modesta é a quantidade importada dos produtos típicos desta data comemorativa, como o chocolate e o bacalhau. No caso do chocolate, houve aumento nas quantidades importadas esse ano de aproximadamente 6,5%”, destacou Bentes à reportagem.

A despeito de o faturamento do comércio de varejo na Páscoa de 2023 ter previsão de 2,49 bilhões, ficando abaixo dos 2,56 bilhões de 2019, há que se comemorar. A saída do período mais agudo da pandemia do Coronavírus tem sido vista por muitos especialistas como a melhor possível dentro do cenário macroeconômico que o Brasil atravessa.

“Gradativamente, a retomada da economia vai se robustecendo e reaquecendo o varejo. A tendência é que as perdas provocadas pela pandemia sejam revertidas a partir da melhoria do contexto macroeconômico”, arremata o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

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