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Pesquisa mostra alto percentual de pessoas que não aceitam financiamento estudantil; veja números e entenda por que

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Pesquisa reflete percepção negativa do programa governamental, segundo especialista  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Ivan Aleksic na Unsplash
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 18/03/2024, às 20h14 - Atualizado às 20h17


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O prazo para inscrição no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) termina nesta segunda-feira (18). Os alunos que pretendem cursar graduação em instituições privadas ainda no primeiro semestre de 2024 têm de se atentar ao prazo. De acordo com o edital lançado pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), são mais de 112.168 vagas disponíveis para o programa de financiamento. As inscrições devem ser realizadas no Portal de Acesso Único ao Ensino Superior. 

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O resultado da pré-seleção na chamada única será divulgado no dia 21 deste mês e os aprovados têm de  concluir a inscrição entre os dias 22 e 26 de março. A principal novidade para este ano é que o Fies vai disponibilizar 50% das vagas para estudantes de baixa renda cadastrados no CadÚnico, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706), permitindo  para este grupo até 100% do valor. 

Segundo pesquisa realizada pelo grupo Somos Young, um dos maiores conglomerados de captação, atendimento, crédito e cobrança para educação no Brasil, em que  foram ouvidos 35 mil estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Entre os que não aceitariam de forma alguma o Fies, somados aos que preferem outras formas de parcelamento, temos mais de 30% dos entrevistados, o que reflete, segundo especialista Rodrigo Bouyer, uma percepção cada vez mais negativa do programa governamental, bastante superior àquela percebida em anos anteriores. 38,5% dos entrevistados aceitariam o Fies se tivesse vaga disponível e 31% aceitariam apenas se alcançassem um elevado percentual de financiamento.

Para Rodrigo Bouyer, avaliador do INEP e sócio da Somos Young, “o brasileiro tem interesse em ingressar agora em uma instituição de ensino, o que mostra que o mercado está potencialmente aquecido. Porém, a decisão de qual instituição cursar ainda está indefinida para 1/3 do público, o que reflete uma excelente oportunidade para captação de alunos”. 

O especialista ainda comenta:  “Após sucessivas mudanças nas regras do Fies desde o ano de 2015, a população entendeu que este programa, infelizmente, não é mais um programa de acesso, mas um programa de restrição, com regramento muito rígido, burocracia para contratação incompatível com a tecnologia de hoje, contrapartidas muito elevadas, e severa indisponibilidade de novas vagas. Se em 2015 praticamente todos os estudantes gostariam de contratar o Fies, hoje, o olhar é de extrema desconfiança.”

Os alunos aprovados devem prestar atenção a todos os requisitos exigidos pelo governo. Por exemplo, depois dos classificados no FIES SOCIAL, temos os alunos da ampla concorrência, que são bolsistas parciais (50%) do Prouni (Programa Universidade para Todos) e que estão em primeiro lugar na lista de prioridade do critério de classificação das vagas remanescentes do Fies, desde que não possuam graduação e não tenham sido beneficiários do Fies. 

O programa ainda apresenta mudanças relacionadas à escolha dos cursos, o estudante poderá fazer até três opções de cursos, que podem ser de diferentes grupos de áreas do conhecimento. O MEC revisou as áreas prioritárias pelo Fies e incluiu cursos com maior empregabilidade e maior média salarial, além de cursos de licenciatura e pedagogia, voltados para a atuação na educação básica. 

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