Presidente da Ademi-BA comenta qual o maior empecilho para que baianos consigam um imóvel

O predisente Cláudio Cunha, da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), avaliou, nesta quinta-feira (23), em Assembleia Geral do grupo, o que estaria causando dificuldades aos baianos em conseguir seu imóvel. 

Para o gestor, as taxas de juros são o maior empecilho para quem quer garantir seu próprio espaço. "Hoje, a principal dificuldade está sendo o crédito por causa das taxas de juros. A gente, hoje em dia, quando vai para um imóvel que depende dos recursos da caderneta de popuança, do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), encontra a taxa de juros mais elevada, então a pessoa que comprou o imóvel antes tinha uma determinada capacidade de endividamento, e essa capacidade foi reduzida", explica.

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"Consequentemente, ele tem que ter o recurso para pagar a diferença dessa redução que teve no seu crédito. Então esse, hoje, é o maior empecilho, uma vez que a inflação começa a dar sinais de estabilidade. Ela veio caindo com a elevação das taxas de juros e vem se mantendo na casa dos 5%, e a gente espera que permaneça e caia", afirma o gestor.

Questionado sobre o papel da Ademi-BA em meio a esse empecilho, Cunha trouxe como exemplo o 'IPTU Verde', ação criada pela associação, que tem como objetivo baixar a taxa do IPTU daqueles que adotam ações ambientalmente sustentáveis em seu imóvel. A iniciativa, segundo ele, já auxilia para que o valor do imóvel reduza ou se mantenha estável.

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"O setor imobiliário mesmo não colocando seu produto à disponibilidade no mercado por algum motivo, ele sempre está se movimentando, sempre pesquisando, sempre encontrando alternativas, procurando novas formas construtivas, novas ações de sustentabilidade, para que isso possa também fazer com que o preço do imóvel não cresça ou que possa reduzir, e trazer mais conforto para quem vai habitar esse imóvel, como é o caso do IPTU Verde, feita pela Ademi, e que hoje traz o benefício não só para quem habita, mas também pela redução do valor do IPTU que o adquirente do imóvel paga", finalizou o presidente da Ademi-BA.

ADEMI-BA prevê crescimento do mercado imobiliário
Ainda nesta quinta, construtoras e incorporadoras associadas da ADEMI-BA participaram do evento de apresentação do balanço do mercado imobiliário baiano do ano de 2022 e perspectivas para 2023.

O balanço apresentou queda de 16,5% no número de lançamentos, seguida de uma queda nas vendas de 16,6%. Para o analista, essa queda se deu em decorrência de alguns fatores, como o aumento da taxa de juros, ano eleitoral, que fez os incorporadores postergarem os lançamentos para o ano de 2023, e a Copa do Mundo.

Os dados foram apresentados pelo analista Fábio Tadeu Araújo, sócio dirigente da BRAIN Inteligência Estratégica, empresa contratada pela ADEMI-BA para conduzir a pesquisa e analisar as informações. "Se nós pudéssemos excluir esses efeitos que não acontecem todos os anos, é provável que 2022 tivesse repetido o ano recorde de 2021, A despeito disso, a capital baiana foi a mais importante de 2022 em todo o Nordeste", conclui Fábio Araújo.

Na ocasião, o presidente da ADEMI-BA, Cláudio Cunha, comentou sobre a expectativa de crescimento em 2023 para o segundo semestre. "A partir de junho, com os projetos que estão prontos para lançar, estimamos um crescimento de 5%. Apesar da queda de vendas e lançamentos de 2022, tudo o que foi lançado foi absorvido pelo mercado, o que mantém o setor imobiliário em um patamar de segurança e estabilidade", disse Cunha.