Economia & Mercado

Reforma tributária gera polêmica sobre alíquota diferenciada para setor de eventos e turismo

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Associação nacional de eventos é contra alíquota de 27% proposta para o setor  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 08/10/2023, às 16h15 - Atualizado às 16h22   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Proposta da reforma tributária tem provocado polêmica e grande movimentação de diversas instituições do setor de eventos e turismo para diminuir a alíquota projetada de 27%.

A Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) tem procurado levar seus pleitos junto à CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços) para lutar por uma diminuição deste acréscimo.

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De acordo com o presidente da associação, Ricardo Dias, o projeto atual, caso seja aprovado pelo Senado, irá provocar a diminuição da geração de empregos, área que atualmente é responsável por empregar 6,6% dos brasileiros, e impactará nas contratações de serviços para do setor, que hoje movimenta cerca de R$ 300 bilhões.

Segundo o executivo, os eventos, juntamente com o turismo, são responsáveis por movimentar toda a cadeia do segmento e, caso avance a proposta, todos eles serão impactados.

“Somente no primeiro semestre deste ano, nosso setor teve um crescimento de 42,3%. O que permitiu a geração de 12.348 novos empregos. Isso mostra que, hoje, somos um dos responsáveis por puxar a locomotiva econômica do Brasil e não podemos sofrer com entraves que diminuiria o nosso avanço”, explica.

Para Ricardo, embora necessária, a reforma tributária precisa valorizar o potencial de geração de empregos da indústria de eventos, promovendo novas oportunidades de inclusão social das pessoas.

“É indiscutível a necessidade de facilitar a tributação das empresas brasileiras, mas isso precisa ser feito de forma que promova crescimento econômico em todas as frentes. O Brasil não crescerá se essa mudança gerar desempregos e insegurança econômica para os setores, principalmente para o de eventos e turismo. Estamos lutando para que a alíquota fique abaixo dos 11%”, comenta.

Por fim, ele diz que, caso ocorra a manutenção de uma tributação justa para o setor, grandes espetáculos devem ser mais constantes por aqui. “Quando temos segurança jurídica e um ambiente de negócios, os empresários se sentem mais seguros e motivados para promover os eventos. Se tivermos o nosso desejo atendido, veremos ainda mais eventos de grande porte acontecendo aqui no Brasil”, completa Ricardo.

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