Saiba quais são as novidades do mercado delivery preparadas pelas startups nacionais e estrangeiras

Delivery transformou tendência em necessidade e continua em crescimento no Brasil e exterior. Segundo estudo da Statista - empresa especializada em dados de mercado e consumidores –, vários brasileiros mudaram seus hábitos alimentares durante a pandemia e começaram a comprar por delivery, sobretudo alimentos como frutas, hortaliças e feijão.

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Pesquisa evidencia o Brasil como destaque no segmento de delivery na América Latina desde 2020. O país foi responsável por quase metade dos números do delivery, 48,77%. Em seguida estão México e Argentina, com 27,07% e 11,85%, respectivamente. E os números estão em ascensão.

Conforme explica reportagem do jornal USP, de diferencial, o mercado de delivery se tornou necessidade com a chegada da pandemia em 2020, estimulando o consumo e influenciando hábitos da população, seja pelo aumento de pedidos de um mesmo usuário, seja pela adesão de novos às plataformas de entrega de comida. Dados do setor mostram salto de 155% no número de usuários de março a abril do ano passado, quando o estimado para o período era de 30%. O crescimento de pedidos também acompanhou o crescimento de usuários, atingindo expressivos 975% de aumento.

Iago Santos, CEO do Trazfavela, plataforma de logística e delivery  de produtos diversificados explica que sua startup tem como novidade, além da variedade de itens e serviços ofertados,a atuação dentro e fora das periferias, o que o comércio periférico.

“Trazemos a possibilidade de que micro e pequenos comerciantes expandam seus produtos por toda a cidade e que grandes empresas realizem entregas dentro das favelas. Sendo mais que um conceito de entrega, buscamos fortalecer o comércio local, levando e trazendo produtos para dentro e fora das comunidades sem prejuízo para a região, gerando oportunidades de trabalho para moradores de áreas periféricas”, esclarece Iago.

Segundo ele, o crescimento do sistema delivery é uma peça chave para impulsionar a economia d etodos os países, e, no nosso caso, a nacional. Isso fortalece as startups locais. Especificamente, no caso do Trazfavela, focamos não apenas na entrega, mas em promover uma revolução socioeconômica. Conectamos empreendedores de favelas, comunidades e periferias a uma rede mais ampla de clientes, estimulando o comércio nas periferias e gerando oportunidades significativas. Essa expansão não só amplia a oferta de serviços, mas também democratiza o acesso ao mercado, proporcionando inclusão econômica", enfatiza o empreendedor baiano.

De acordo com o jovem empresário, “a expansão do delivery, quando feita de maneira inclusiva, como no caso do Trazfavela, tem um impacto direto na geração de renda e empregos para um grupo social que é bem afetado pelo desemprego formado por homens entre 18 e 28 anos. Muitos estão ainda no processo de 1° emprego”, assegura.

Segundo ele, é uma abordagem que vai além da entrega, é uma transformação econômica nas ‘quebradas’. "Vejo um futuro brilhante para o negócio de delivery, especialmente quando fundamentado em princípios de inclusão e sustentabilidade. Acredito que veremos uma maior integração entre tecnologia e comunidades, permitindo que iniciativas como o Trazfavela se expandam para mais regiões. Além disso, a conscientização sobre a importância de apoiar o comércio local e promover a inclusão econômica só tende a crescer, impulsionando ainda mais o setor", relata de forma otimista.

Os empresários que aderiram ao sistema delivery coadunam com as perspectivas dober o setor. “De acordo com o IBGE, o delivery cresceu em quase 1000% em 5 anos. A tendência é de que esta constante prossiga. Assim, para uma marca seguir segura e ampliando rumos, o delivery fornece um papel crucial. A economia nacional ganha com todo este movimento, o qual proporciona benefícios tanto para os consumidores quanto para os negócios. Percebo que a pandemia impulsionou significativamente a demanda por entregas, evidenciada pelo aumento de mais de cem por cento no número de usuários e um crescimento no volume de pedidos em nove vezes, totalizando um mercado de 40,5 bilhões em 2021. Essa ascensão reflete uma mudança no meu comportamento como consumidor, buscando conveniência e entrega rápida”, fala, categórico, Filipe Martins, sócio da empresa de aplicativo Giross.

O aplicativo Giross faz as entregas, garantindo segurança aos clientes, conforme assegura Felipe. O serviço envolve produtos de várias marcas e diferentes nichos), com taxas muito abaixo do mercado. A empresa, que cuida do delivery da Drogasil, Pague Menos, Arezzo, Subway, etc, atende 360 cidades do país, incluindo Salvador, e faturou R$ 2 milhões até agora em 2022.

De acordo com Filipe, a presença e expansão de startups como a Giross na entrega de delivery contribuem para a diversificação e inovação do setor. Ao oferecer soluções inteligentes de logística, empresas como a nossa preenchem lacunas e facilita a entrada de pequenos e médios estabelecimentos no mercado de entregas, antes dominado por grandes players.

As projeções da diretoria da Giross para o futuro do delivery no Brsail e no mundo incluem otimização do tempo de entrega dos produtos.” Destaco que a entrega em sessenta a cento e vinte minutos está se tornando uma expectativa padrão para os consumidores, tornando a compra online e a entrega em casa não apenas um serviço extra, mas uma parte essencial da experiência do cliente”, declara Filipe Martns.

De acordo com o empresário, essa projeção é reforçada pelo fato de que empresas, especialmente no nicho farmacêutico, estão fazendo investimentos significativos nesse modelo de negócios. O aumento do interesse em diversos setores, além do alimentício, indica uma ampliação das oportunidades de crescimento para as startups.

O co-founder e CBO da Highline Venture Builder, João Carlos Daniel reitera: "Pela nossa passagem pelos mais importantes eventos de inovação do Brasil e do mundo, podemos dizer que as novidades em matéria de logística de entregas têm um denominador comum: o uso de inteligência artificial no serviço de delivery”.

Venture Builder são organizações que identificam oportunidades de negócios e apoiam startups em seu processo de criação, oferecendo aportes, recursos intelectuais e operacionais. Ou seja, nesse modelo, as venture atuam com uma estratégia de open innovation, onde buscam no mercado por empresas com grande potencial de crescimento e se as incorporam para desenvolvê-las.

“Desde o ano passado que entramos na nova revolução tecnológica marcada pela IA, assim como pelo aprofundamento do "growth hacking" - uma série de técnicas de engajamento e crescimento marcadas por métricas precisas e o conhecimento profundo dos perfis dos consumidores. Conhecendo mais o cliente, fica mais fácil apresentar o produto certo, a forma de pagamento mais conveniente e, ainda, articular a entrega no menor prazo e com mínimos riscos”, diz João Carlos.

Ele declara que há novidades em nível nacional a mundial que, praticamente, incluem todos os tipos de produtos e serviços para delivery, desde alimentos até químicos que precisam de alvarás especiais (emitidos por outros aplicativos que atualizam os protocolos oficiais), e há, como novidade, um elemento financeiro que precisamos considerar também: o cash back.

“Essa devolução de parte do dinheiro gasto pelo cliente - o cash back - quando compra numa plataforma ou app, desenhado justamente para fidelizar os usuários e aumentar o poder de compra deles, está se impondo em nível mundial e realmente marca uma diferença nas preferências de consumo. Estas são algumas das novidades para as tecnologias de delivery, que já temos disponíveis e que incrementarão a facilidade de uso e a conquistas de novos consumidores, no curto prazo”, anuncia.

O CEO do Trazfavela, Iago Santos, também prevê que as próximas novidades no setor de delivery estarão focadas na personalização e sustentabilidade. “Startups buscarão formas de tornar as entregas mais eficientes, ecológicas e alinhadas com às necessidades individuais dos clientes. No caso do Trazfavela, estamos explorando iniciativas que vão além da entrega, como parcerias com produtores locais e a introdução de práticas sustentáveis. Acredito que veremos mais inovações nesse sentido, garantindo entregas mais conscientes e conectadas às comunidades atendidas”, finaliza Iago Santos.

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