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Saiba qual empresa comprou a poderosa OAS; veja aqui

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Nova dona também já fez parte da antiga empreiteira  |   Bnews - Divulgação CMSP / Divulgação

Publicado em 17/04/2023, às 14h23   Téo Mazzoni


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A Coesa finalizou o processo de compra da KPE Engenharia, antiga OAS. O fato curioso é que a nova dona também já fez parte da antiga empreiteira. 

A compra já vinha sendo especulada desde março, quando a KPE Engenharia demitiu seu staff, além de ter atrasado mais de três meses de salários, assim como não ter realizado pagamentos aos seus fornecedores. 

Na época, a KPE enviou nota ao BNews em que afirmava que a “redução de custos” leva em consideração o atual cenário mercadológico. “A Kpe Engenharia comunica que passou por um ajuste em sua estrutura com o objetivo de manter a competitividade de sua operação e garantir a continuidade de seus serviços”.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do site O Globo, a aquisição da construtora não custou nada aos novos donos. Entretanto, eles irão herdar as dívidas da empresa. Segundo ele, um débito de R$ 42 milhões vencerá em agosto de 2023. 

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Coesa já foi da OAS

A empresa de engenharia já fez parte do Grupo OAS. Porém, desde 2021, foi incorporada a um fundo de investimentos. A compra da KPE Engenharia foi realizada por Fábio Omine e por José Maria Magalhães de Azevedo, CEO (diretor-presidente) da Coesa. 

Em novembro de 2022, O governo de Minas Gerais, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Advocacia-Geral do Estado (AGE), assinou um acordo de leniência com a Coesa por fraudes na construção da Cidade Administrativa e em obras da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), entre 2008 e 2010. A empresa vai pagar R$ 42,7 milhões em 19 anos.

De acordo com o governo de Minas, foram dois anos e meio de tratativas, em negociação conjunta com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A própria construtora procurou as autoridades e apresentou provas dos atos lesivos – as fraudes não foram detalhadas pelo estado, que impôs sigilo a alguns termos do acordo.

O acordo de leniência, previsto na Lei Anticorrupção, prevê a isenção de sanções e a redução de multas caso a empresa admita participação na prática de atos ilícitos e lesivos à administração pública e coopere efetivamente com as investigações e com o processo administrativo.

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