Economia & Mercado

Segunda maior petroquímica do país analisa pedir recuperação judicial; veja detalhes

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Prazo de proteção judicial, concedido à petroquímica contra execução de dívidas, encerra em uma semana  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Unigel
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 06/02/2024, às 11h07 - Atualizado às 11h31



A Unigel, segunda maior petroquímica do país, enfrenta uma grave crise financeira e necessita tomar uma decisão definitiva até a semana que vem. Em poucos dias, a multinacional brasileira, fundada em 1966, perderá a proteção que a Justiça lhe concedeu ao evitar a execução de dívidas da companhia, que totalizam R$ 3,7 bilhões.

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Essas são informações do Valor Econômico, que aponta ainda uma pressão crescente e consequente prejuízo bilionário enfrentados pela Unigel. “A petroquímica se prepara para um potencial pedido de recuperação judicial”, diz a reportagem.

Segundo a matéria, “a possibilidade de o grupo pedir recuperação judicial ou extrajudicial já havia sido aventada, mas era tratada como último recurso dentro da Unigel. Com o avanço das tratativas com a Petrobras acerca do fornecimento de gás natural para a produção de fertilizantes e retomada das operações nas fábricas arrendadas da estatal, a expectativa era chegar a um acordo com debenturistas e bondholders”.

Ainda de acordo com o Valor, a companhia arrendou, no final de 2019, duas fábricas de fertilizantes, em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE), investindo R$ 600 milhões. Entretanto, as atividades foram paralisadas em 2023. A multinacional explicou que a suspensão ocorreu em função da queda dos preços da ureia no mercado internacional, que não foi acompanhada pelo custo do gás natural, inviabilizou economicamente o negócio.

Em dezembro do ano passado a petroquímica e a Petrobras divulgaram o acordo de ‘tolling’, que acarretou prejuízos de R$ 487,1 milhões à Petrobras em oito meses. Ainda segundo a reportagem, em seu despacho, o ministro Benjamin Zymler, relator do caso, prazo de 15 dias para que a petroquímica e a Petrobras prestem esclarecimentos sobre o contrato e alertou para a possibilidade de sua anulação.

“A inviabilidade econômica da contratação também parece ser indiscutível, já que a própria Unigel, no segundo semestre de 2023, decidiu suspender as atividades fabris das plantas arrendadas, mesmo havendo contratos de fornecimento de gás de ‘ship or pay’ firmados com a Petrobras e a Shell, alegando a inviabilidade econômica da operação”, diz o documento apurado pelo Valor.

Em nota, a Unigel disse que o contrato “representa uma alternativa temporária para viabilizar a manutenção da operação das plantas arrendadas junto à Petrobras e, por conseguinte, manter a sua contribuição relevante na produção nacional de fertilizantes nitrogenados, com a continuidade de funcionamento destes ativos e dos respectivos empregos a eles associados, até que sejam trabalhadas, conjuntamente, novas condições para a continuidade do negócio”.

Segundo a Petrobras, o acordo não representa ‘empreendimento definitivo e autônomo’. “Trata-se uma medida de caráter provisório que permite a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia (que pertencem à Petrobras) por provisionais oito meses, enquanto as contratantes se engajam na primeira fase rumo a uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento desses produtos ao mercado brasileiro”, finaliza a reportagem.

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