Economia & Mercado

Possível aumento da Selic e reunião do Copom movimentam mercado financeiro nesta semana

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Taxa Selic deve registrar maior patamar desde 2016  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 17/03/2025, às 08h49 - Atualizado às 09h34   Publicado por Vagner Ferreira



A taxa Selic deve alcançar, nesta semana, o mesmo nível registrado na crise da gestão de Dilma Rousseff, nos anos de 2015 e 2016. Isso porque, segundo informações do jornal O Globo, o Banco Central (BC) projeta aumentar o índice em mais um ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano, tornando-se assim, o maior patamar em quase dez anos. 

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para acontecer entre os dias 18 e 19 de março, deve discutir as próximas decisões de juros. A que aconteceu em janeiro já estimava este novo aumento “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação”, aponta a reportagem.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está, atualmente, em 5,06% em 12 meses, excedendo a meta, que é de 3,0%. Economistas acreditam que o ano vai encerrar em 5,2%.

“A perspectiva para o Copom em si está dada. Na curva de juros futuros, a precificação praticamente aponta para 100% de chance de uma nova alta de 1 ponto percentual. Não existe discussão a respeito do que o BC vai fazer esta semana. A grande questão é o guidance (sinalização para as próximas reuniões)”, avaliou o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio de Souza Leal, ao Globo.

O comitê está atento aos direcionamentos da atividade econômica, como em relação ao repasse do câmbio para a inflação após aumento do dólar e as perspectivas de inflação. Os dados apresentam recuo no crescimento econômico, a exemplo do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2024, que teve alta de 0,2%. A baixa do dólar, que estava acima dos R$ 6 no início do ano, trouxe certa melhoria.

Para 2025, a previsão é que a inflação feche em 5,68% e a de 2026 encerre em 4,40%. A Selic deve se manter em 15% neste ano e 12,50% no final de 2026. O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, já avaliava uma desaceleração da atividade econômica, segundo O Globo. 

“Mais importante do que qualquer coisa é o fato de que [a moderação] é necessária para levar a inflação para a meta. Olhando para o que aconteceu no começo deste ano, você vê dados mistos, alguns dados mais fortes... é difícil dizer se é uma tendência”, disse.

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