Economia & Mercado

Vendas de imóveis residenciais sobem e especialistas opinam se é hora de realizar o sonho da casa própria

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Mercado imobiliário teve alta nas vendas e queda nos lançamentos em 2023  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Agência Brasil
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 22/03/2024, às 10h15


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Levantamento divulgado nesta quarta-feira (13) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que o mercado imobiliário teve alta nas vendas e queda nos lançamentos em 2023.

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As vendas de imóveis residenciais novos de algumas das 20 maiores construtoras e incorporadoras do país cresceram 32,6% em 2023 na comparação com 2022, totalizando 163,1 mil unidades. O resultado foi o maior da série histórica, iniciada em 2014. Se considerados os valores, as vendas tiveram alta de 34,7%, para R$ 47,9 bilhões.

Já os lançamentos no mesmo período recuaram 2%, para 118 mil unidades, segundo o Infomoney. Em valores, porém, cresceram 10,1%, para R$ 38 bilhões — o que indica que as empresas estão apostando mais nos imóveis de preços mais altos.

As vendas em 2023 foram puxadas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), que cresceram 42,2%, chegando a 117,4 mil unidades. O segmento de médio e alto padrão também teve aumento nas vendas, de 14%, indo a 42,9 mil unidades.

No caso dos lançamentos, a queda foi puxada pelo segmento de médio e alto padrão, com recuo de 38%, para 24,5 mil unidades. Já os lançamentos do MCMV cresceram 16,7%, para 93,3 mil unidades.

Em entrevista ao BNews, o assessor de investimentos Tiago Paiva, head de conteúdo da VAROS Research, explicou a que se deve essa tendência: "isso acaba sendo reflexo de uma expectativa positiva em relação ao crescimento do Brasil e especialmente a queda das taxas de juros tanto em nosso país quanto nos Estados Unidos".

Paiva ainda detalhou, de forma prática, como a queda na taxa de juro influencia no mercado imobiliário: "Considerando que o juro é o custo do dinheiro ao longo do tempo, quando a taxa básica é reduzida, fica mais em conta pegar um financiamento para realizar a compra de coisas de valor mais alto, como imóveis ou veículos. Ou seja, quando os juros caem, o consumidor retorma seu poder de compra, que ainda é potencializado por diversos programas públicos de habitação".

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