Após denúncias, Ministério Público investiga concurso público da Polícia Civil da Bahia

O concurso da Polícia Civil da Bahia, organizado pela Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), será investigado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por suspeita de fraude. Nesta semana, candidatos procuraram o BNews e denunciaram supostas irregularidades ocorridas no certame. 

Após as denúncias, o caso foi encaminhado para promotora Heliete Viana, que vai avaliar todos os documentos para dar início à apuração. O órgão recebeu diversas reclamações por e-mail, além disso, foram protocoladas representações de forma on-line e presencial. O MP-BA também utilizou material da imprensa para compor as representações.

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“O MP instaurou procedimento para investigar o concurso da Polícia Civil a partir de queixas recebidas e também a partir das publicações da imprensa que chegaram até o órgão”, explicou a assessoria do órgão ao site Folha Dirigida.

Candidatos apontaram supostas irregularidades, como o uso do aparelho celular durante a prova, a falta de fiscais na sala de prova e a ausência de detector de metais. Por causa disso, também foi criada uma petição pública intitulada "Secretaria de Segurança Pública: Fraude Concurso PC-BA", a qual denuncia as possíveis fraudes. O abaixo assinado já conta com 2.250 assinaturas.

Questionada pelo BNews, a Vunesp informou que “em relação às notícias veiculadas nas redes sociais, acerca de supostas ocorrências havidas na aplicação das provas objetivas e discursivas do concurso público promovido pela Polícia Civil da Bahia e executado por esta Fundação, para os cargos de Delegado de Polícia, Investigador de Polícia e Escrivão de Polícia, informamos que a aplicação das provas transcorreu dentro da normalidade esperada e sem intercorrências que comprometessem a lisura do certame”.

Apesar desta declaração, a banca organizadora garantiu que tomará “todas as providências para garantir a lisura do concurso e cumprir à risca o que está previsto em edital. Caso seja verificado qualquer descumprimento editalício, os envolvidos serão excluídos do certame”.

Desde a publicação da primeira reportagem sobre o assunto, a Secretaria da Administração do Estado (Saeb), responsável pelo certame, também foi procurada, mas não enviou nenhuma nota.

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