Democratas reagem a mudança de nome de escolas que homenageavam família Magalhães

O presidente estadual do Democratas, o deputado federal Paulo Azi, e o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Sandro Régis, se manifestaram sobre as mudanças promovidas pelo governo do Estado nos nomes de escolas que haviam sido batizadas com os nomes do ex-senador ACM e do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães.

Uma série de portarias publicadas na edição da última quarta-feira (23) do Diário Oficial do Estado redefiniu o nome de ao menos cinco instituições de ensino baianas que homenageavam  membros da família Magalhães.

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Nesta quinta-feira (24), o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) criticou a decisão que classificou como "atitude política pequena e mesquinha".  Nos mesmos termos que Neto - que também é presidente nacional do Democratas -, Azi chamou a medida de “mesquinha” e ressaltou a falta de investimentos da gestão petista na educação. 

“Não passa de uma atitude mesquinha. Construir escolas nunca foi prioridade dos governos do PT na Bahia. Por isso eles se utilizam de escolas construídas no passado para homenagear os seus. Aliás, a prioridade parece ser muito mais fechar escolas do que construir”, opinou.

Régis, por sua vez, afirmou que a administração estadual deveria se preocupar em melhorar os índices da Educação no estado. Ele também disse  que  Bahia não atingiu a meta do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] para o ensino médio em 2019, que era de 4,5 e acabou em 3,5.

O democrata também avaliou que o governo deveria se preocupar em preparar os colégios do estado para o retorno das aulas ainda durante a pandemia.

"O governo muda o nome das escolas para tentar esconder a tragédia que é a Educação da Bahia. Passa a sensação de que o governo esconde os problemas reais da educação, que vão desde o sucateamento e fechamento das escolas até a desvalorização profissional, e troca nome de escola, como se isso fosse melhorar a qualidade do ensino. É lamentável a falta espírito de grandeza no governo estadual", disse.

Azi também recordou o fechamento do Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória. Ele lembrou que em 2018, após o governador Rui Costa (PT) ser reeleito, o governo tinha uma lista com mais de 100 unidades para serem fechadas, e que o fato provocou protestos de professores e alunos em diversas regiões. 

“Não à toa, a Bahia tem o terceiro pior Ideb no ensino médio, sendo o pior índice registrado na região Nordeste, ao lado do Rio Grande do Norte. Mas, ao invés de adotar medidas para melhorar a qualidade da educação, o governo muda nome de escolas como se essa fosse uma solução para o problema da educação. Na falta do que fazer, muda o nome”, concluiu.