Mesmo contrários à realização das provas, estudantes chegam para fazer Enem em Salvador

A manutenção das provas do Enem, neste domingo (17), mesmo em meio aos protestos de órgãos, partidos políticos e dos próprios estudantes, deve reunir mais de cinco milhões de pessoas em diversos locais de realização das provas. Em Salvador, apesar de contrária à aplicação do exame, Mônica Suzart optou por chegar com antecedência ao Colégio Manoel Novaes, no bairro do Canela.

De acordo com ela, a expectativa é que o grau de dificuldade da prova não seja tão alto quanto nos anos anteriores. “Gostaria que a realização fosse maleável, porque a acessibilidade à educação não aconteceu de forma igualitária durante a pandemia”, disse.

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Quanto ao fato de ser contra a realização do Enem, Mônica ressaltou que, se a regra é o isolamento social, principalmente em meio à segunda onda da Covid-19, não consegue encontrar razão para o Inep ter mantido a prova.

“Não sou a favor da realização, até porque, se precisamos ficar em isolamento, porque mais de cinco milhões de pessoas devem se deslocar? Independente de o Inep falar em segurança, há riscos de alguém estar contaminado, ainda mais diante da segunda onda”, concluiu.

A estudante Ana Luísa Carregosa, 18 anos, também discordou da decisão do Inep e do Governo Federal de manter a aplicação do Enem neste domingo. Para ela, a expectativa maior é que as consequências da aglomeração para a realização do exame não sejam negativas. “Espero que seja seguro. Adiaram em Manaus e eu acho que deveriam ter adiado também na Bahia, principalmente em Salvador”, disse.

A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com ação para anular a decisão da Justiça Federal que manteve a realização do Enem para este domingo (17). O órgão afirmou que o Inep mentiu sobre as medidas de segurança adotadas, já que manteve salas com 80% de ocupação.

O Enem 2020 acontece na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro