Contratados por Reda, professores cobram à Prefeitura pagamento de férias atrasadas desde 2019

Contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), professores da rede municipal de ensino de Salvador se uniram em um ato na manhã desta sexta-feira (30), em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação, na Avenida Garibaldi.

Eles alegam que o contrato encerrou em 2019 e, até hoje, a Prefeitura não pagou as férias proporcionais decorrentes da rescisão. 

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De acordo com o sindicato de profissionais do Reda, cerca de 1500 professores aguardam o pagamento deste valor por parte da Prefeitura.

"São profissionais que foram desligados em 2019 e até o momento a Prefeitura não pagou as férias destes trabalhadores. São cerca de 1500 hoje nessa situação. Durante a pandemia, muitos não se empregaram ainda e dependem muito do valor das rescisões que nao foram pagas", explicou o diretor do Sindireda, Jurandir de Jesus, em conversa com o BNews.

Vice-presidente do sindicato, a professora do ensino infantil, Priscila Santiago, a pandemia esfriou a reivindicação dos professores no ano passado, mas que com os efeitos da crise econômica a categoria voltou a se movimentar.

Segundo Priscila, uma denúncia foi protocolada no Ministério Público da Bahia há quase dois anos, mas ainda não teve nenhum avanço.

Ela lembra que a contratação foi feita pela gestão passada, do prefeito ACM Neto, e quando a secretaria de Educação era de responsabilidade de Bruno Barral. A professora agora pretende se reunir com o atual secretário, Marcelo Oliveira, para tentar resolver a situação.

"Apelo para que o novo secretário de Educação possa nos ouvir. Não sei se ele está sabendo desta questão, até porque era da outra gestão, então fazemos este apelo, buscando o diálogo para que escutem o nosso lado. Já protocolamos uma denúncia no MP há quase dois anos e não foi resolvido", lamentou a educadora.

RESPOSTA 

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), o prefeito Bruno Reis (DEM) garantiu que vai cobrar do secretário que investigue a situação dos professores e, caso seja comprovado o atraso, o município vai "honrar os seus compromissos".

"Se houver qualquer legalidade para fazer os pagamentos, se o direito existir, a prefeitura se destaca em honrar os seus compromissos e pagar em dia", declarou o prefeito.

"Vou pedir a Marcelo para verificar o que ocorreu, é estranho falar em 2021 de um atraso de 2019. Tem um ditado que diz: tem boi na linha. Então, vamos ver que boi é esse", completou.