Educação

Apresentada por Weintraub em 2020, alternativa ao Enem para ingresso a faculdade segue engavetada

Wilson Dias/Agência Brasil
Anunciada em maio de 2020 pelo ex-ministro da Educação, espécie de Enem seriado não avançou nas novas gestões do MEC e do Inep  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 04/10/2021, às 08h26   Redação BNews


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Alternativa para ingresso ao ensino superior - além do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) -, a proposta apresentada então ministro da Educação, Abraham Weintraub, e por Alexandre Lopes, que na época chefiava o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não avançou e não tem data para ocorrer.

A avaliação, que funcionaria como uma espécie de Enem seriado, anunciada em maio de 2020 pela dupla, faria parte do novo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e seria realizada ao final de cada ano do ensino médio. Com o final do ciclo, cada aluno teria uma nota final que poderia ser usada tanto para ingresso no ensino superior, quanto para conquistar bolsas em universidades privadas ou financiamento estudantil.

O modelo auxiliaria os estudantes a entrar nas universidades sem, necessariamente, se submeter a uma prova de vestibular. Na proposta do novo Saeb, o governo previa aumentar também as provas para todas as séries escolares, já que hoje ela avalia apenas alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, além do 3º ano do ensino médio.

O portal UOL informa que questionou o MEC e o Inep sobre o modelo em três ocasiões - março, junho e setembro deste ano -, mas não teve resposta em nenhuma delas. Fontes que trabalham nestes órgãos, ouvidas em condição de anonimato, afirmam que o modelo não avançou pois as atuais gestões não têm interesse na proposta. 

Alguns também dizem que a pandemia da Covid-19 acabou "atravessou" a pauta. O ministro Milton Ribeiro segue a frente da pasta desde julho do ano passado,  enquanto Danilo Dupas preside o Inep desde março deste ano. 

A  publicação também teve acesso a uma nota técnica enviada para a presidência da autarquia questionando o objetivo, periodicidade e formato da prova, entre outros pontos. O documento argumenta que, do ponto de vista técnico-pedagógico, a proposta tem pontos positivos e negativos que precisam ser levados em consideração.

"Basta, cabe salientar, que todo processo de avaliação educacional precisa ser considerado como uma pesquisa científica e que todos os métodos e prazos precisam ser respeitados", avalia a nota. 

Em resposta, o Inep se restringe a informar que foi criado um grupo de trabalho para discutir o tema - bem como o Novo Enem, que abarcará mudanças no Ensino Médio. A ideia era que o Exame fosse aplicado em outubro deste ano e que fosse 100% digital.

Na época do anúncio do novo formato, o Inep garantiu que a criação da avaliação não excluiria a edição do Enem tradicional. Mas que, a partir de 2024, as vagas do Enem existente e do Enem “seriado” seriam diferentes.

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