Alice Portugal classifica ACM Neto como 'pecador'; saiba o motivo

Deputada federal pela Bahia, Alice Portugal (PC do B) fez ataques contra ACM Neto (União Brasil), adversário de seu grupo nas eleições para o Governo do Estado, e classificou o ex-prefeito de Salvador como um pecador. 

Segundo a parlamentar, ACM Neto tem uma relação envergonhada com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que não assume por interesses eleitorais. Ela foi uma das presentes no Seminário 'O Projeto de Reconstrução do Brasil', desenvolvido pelo Sindicato dos Servidores da Fazenda da Bahia, que acontece na manhã desta sexta-feira (12), no Hotel Fiesta, em Salvador.

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"Quando uma pessoa quer lavar as mãos em relação a quem será o presidente da República, talvez não se sinta confortável. O que o liga a Bolsonaro definitivamente. Estive com o candidato como deputada federal, ele foi contra as cotas nas universidades, tem posições conservadoras em relação à economia. O partido dele tem cargos, se beneficia das soluções dadas no parlamento. A bancada dele toda vota com Bolsonaro. É uma relação envergonhada do ponto de vista eleitoral, mas há uma relação da União Brasil com Bolsonaro", disse Alice Portugal.

A parlamentar comentava a recusa de ACM Neto em assinar a Carta Pela Democracia, que já ultrapassou o milhão de assinaturas desde sua leitura em ato público que aconteceu em São Paulo, na última quinta-feira (11).

ACM Neto e João Roma (PL) foram os dois candidatos do Governo da Bahia que não assinaram o documento. Os outros três, mais ligados à esquerda, deixaram suas assinaturas: Jerônimo Rodrigues (PT), Kleber Rosa (PSol) e Giovani Damico (PCB).

"Essa carta tem mais de um milhão de assinatura de forças plurais. Armínio Fraga, a Fiesp assinaram. Quando a pessoa se omite, está numa situação de proa como ele está, é candidato aqui na Bahia e omite-se das ameaças que Bolsonaro vem fazendo à democracia em nosso país e a carta é um antídoto, uma vacina contra as ameaças para o 7 de Setembro, uma reafirmação do texto constitucional. Essa reafirmação é um pecado, minimamente um pecado que só uma declaração política poderia corrigir", disparou Portugal.

A deputada acredita que o documento pode criar um poder de mobilização para "impedir loucuras no período pré e pós-eleitoral", se referindo às tentativas golpistas do presidente Jair Bolsonaro, que tenta descredibilizar as urnas eletrônicas e já ameaçou não reconhcer o resultado do pleito em caso de derrota.