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Bolsonaro: após discurso na ONU, presidente volta a entrar na mira do TSE; saiba mais

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Decisão de ministro do TSE pode prejudicar campanha de Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Foto: Isác Nóbrega/PR

Publicado em 22/09/2022, às 08h51   Redação BNews



Um nova decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não ficou muito legal para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca reeleição no Palácio do Planalto.

O ministro Benedito Gonçalves o proibiu de utilizar o discurso na Assembleia-Geral da ONU durante a campanha à reeleição, sob pena de multa de R$ 20 mil por descumprimento.

A decisão atende a um pedido de ontem dos também candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Segundo o ministro, não é competência da Justiça Eleitoral decidir os temas tratados pelo Chefe de Estado na ONU, ou contrapor os fatos, é preciso observar "o risco à isonomia entre os candidatos em caso de utilização do discurso na propaganda eleitoral do candidato".

"Isso porque, na hipótese, não estamos diante de um fato isolado, mas de um modus operandi evidenciado em uma sucessão de episódios mencionados na inicial", iniciou, em decisão.

O ministro completa afirmando que há um contexto em que se tem identificado, até o momento, um esforço do candidato à reeleição em explorar em sua propaganda eleitoral situações propiciadas por sua condição de Chefe de Estado.

A fala de Bolsonaro no púlpito da ONU foi um verdadeiro discurso eleitoral: o presidente exaltou o próprio governo, defendeu pautas de sua candidatura, atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e falou de temas como corrupção na Petrobras e preço dos combustíveis.

Ciro Gomes entende que Bolsonaro utilizou o evento oficial como palanque. Na ação, o PDT diz que o presidente "aproveitou-se do momento para introjetar no seu discurso as pautas de campanha que veicula no âmbito da sua propaganda eleitoral", citando, entre outros temas, o pagamento do Auxílio Brasil.

A ação de Soraya foi protocolada no domingo (18) após o discurso na embaixada brasileira em Londres. O pedido da senadora foi aceito pelo corregedor-geral eleitoral, que proibiu Bolsonaro de usar o discurso no Reino Unido em propagandas eleitorais.

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