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Bolsonaro cita militares e diz a empresários que eleição é tema de segurança nacional

Isac Nóbrega/PR
'Quem eles pensam que são?', disse, ao de novo atacar o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral  |   Bnews - Divulgação Isac Nóbrega/PR

Publicado em 14/06/2022, às 11h24 - Atualizado às 11h25   Folhapress


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou parte de fala a empresários nesta terça-feira (14) em São Paulo para mais uma vez atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o sistema eleitoral e o ex-presidente Lula (PT). A fala ocorreu em evento de abertura de fórum de investimentos.

"Quem eles pensam que são?", disse o presidente, ao mais uma vez atacar o ministro Edson Fachin, atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo Bolsonaro, eleição é uma questão de segurança nacional, ao citar o papel dos militares no processo e nos recentes questionamentos ao TSE.
"Eleições são questões de segurança nacional", disse, ao sugerir que Poder Judiciário conspira contra ele.

No discurso de improviso aos empresários, Bolsonaro de novo ameaçou não cumprir decisões do STF, ao citar o tema do chamado marco temporal das terras indígenas, ainda sem prazo para votação no tribunal. Ao dizer que não cumpriria decisões do STF, aumentou o tom de voz e disse: "Chegas de bananas e demagogos na política brasileira." E completou: "Ninguém pode tudo".

Mais uma vez atacou o sistema eleitoral, disse não ter "nenhum medo de eleição" e fez uma série de críticas ao ex-presidente Lula, que lidera com folga as mais recentes pesquisas de intenção de voto.
Como mostrou a Folha, os militares só começaram a questionar o sistema eletrônico de votação no fim de 2021, sob o governo Bolsonaro, segundo informações do Ministério da Defesa e do TSE obtidas via LAI (Lei de Acesso à Informação).

Patrocinada pela própria corte eleitoral, a entrada das Forças Armadas no debate sobre as urnas eletrônicas deu munição para Bolsonaro promover ataques ao processo eleitoral.

Desde o ano passado, os militares fizeram 88 questionamentos ao sistema de votação, além de sugestões de mudanças nas regras do pleito. As Forças Armadas afirmam que, antes disso, não levantaram dúvidas sobre o processo eleitoral nem elaboraram estudos sobre a segurança das urnas.

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